Grupo de Atuação Especial do Crime Organizado (Gaeco) cumpre mandados de busca e apreensão em Pato Branco
Equipes do Grupo de Atuação Especial do Crime Organizado (Gaeco) cumpriram mandados de busca e apreensão em empresas de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, na 2ª fase da Operação Hígia, que investiga desvios de dinheiro do município.
A ação foi deflagrada nesta terça-feira (10). Segundo o Gaeco, quatro empresas investigadas e seis residências dos donos das empresas foram alvo da operação.
Dois empresários foram presos em flagrante por porte ilegal de armas, durante o cumprimento de 10 mandados.
Operação Hígia
A segunda fase da Operação Hígia investiga desvios de dinheiro, entre 2014 e 2017, conforme o Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Na ação, conforme o MP-PR, o ex-secretário de administração Vanderlei José Crestani, é acusado de receber cerca de R$ 500 mil por meio de desvios ilegais.
Segundo as investigações, no acordo, a prefeitura pagou por materiais de iluminação que nunca foram recebidos.
Para isso, as empresas envolvidas no esquema forneciam notas fiscais falsas e a comissão do município, formada por dois ex-secretários e um funcionário público, atestava de forma falsa o recebimento dos materiais.
“Eram feitos pagamentos a essas empresas que, posteriormente, eram sacados e entregues na sede da prefeitura para o secretário”, disse o promotor Roberto Tonon Júnior.
O Ministério Público informou que a ação desta terça-feira busca apurar se as empresas que foram alvo dos mandados de busca e apreensão também participavam do mesmo esquema ilegal, com a Secretaria de Administração do município.
“Essas outras empresas, supostamente, teriam praticado os mesmos fatos. As buscas de hoje foram realizadas para apurar essas informações. Nós não podemos dizer que eles cometeram esses crimes, estamos tentando investigar para apurar”, disse Nimar Manfrin, delegado do Gaeco.
A operação começou em 2017, com investigações da Polícia Civil, sobre crimes na área da saúde, e se estendeu com a apuração de irregularidades em outras secretarias.
O nome da operação é uma referência à mitologia grega, “Hígia”, que é a deusa da saúde, limpeza e sanidade.
O advogado do ex-secretário Vanderlei Crestani disse que não teve acesso às informações da denúncia contra o cliente, feita no mês passado e não quis se pronunciar.
A Prefeitura de Pato Branco disse que sempre colaborou, e continuará colaborando, com as investigações e que confia na Justiça. (Com informações do MP/PR, G1 e Fábio Campana).