Ações da Polícia Federal podem ter um efeito devastador em Santa Catarina

A Operação Alcatraz caminha para a quinta semana desde sua deflagração, no dia 30 de junho. Investiga-se empresas que tinham contratos com o governo estadual, emitindo notas frias em conluio com políticos, empresários e funcionários públicos.

Esta semana, chegaram a Florianópolis cinco procuradores federais, quinteto que se integrará às investigações em curso no estado, conforme a coluna adiantou já na semana passada.  Além da Alcatraz, há outra força-tarefa de combate à corrupção no território estadual, a Chabu, desencadeada há quase 15 dias.

Dos cinco novos procuradores, três são oriundos de outras regiões catarinenses e dois vieram de outros estados. Muito provavelmente até meados de julho, a exemplo do MPF, a Polícia Federal receberá delegados de fora para reforçar os trabalhos.

No âmbito da Alcatraz, a PF encaminhou, semana passada, três relatórios à Justiça Federal, que remeteu o material também ao Ministério Público Federal. O MPF está examinando tudo. De início, foram concedidos cinco dias para que a instituição se manifestasse. Possivelmente, a juíza responsável pelo caso concederá mais prazo ao MPF, devido à complexidade das investigações.

Denunciar ou não denunciar

Por ora, as projeções indicam que o Ministério Público Federal se manifestará, no contexto da Operação Alcatraz, pelo recebimento ou não, das denúncias, ali pela terceira semana de julho.

Alongando

A Polícia Federal conseguiu mais 90 dias de prazo – mas talvez só utilize dois – para concluir os relatórios da Alcatraz.

Prisões

Enquanto isso, a Justiça não libera, de modo algum, os detidos na Operação Alcatraz. Transparece que a intenção das autoridades é manter o grupo no xilindró até que a denúncia, da lavra do MPF e baseada no trabalho de campo da PF, seja oferecida ao Judiciário.

Chabu

A Polícia Federal segue mergulhada e atuando em cima do inquérito da operação que foi batizada com a expressão nordestina e que tem como alvo supostos vazamentos antecipados de ações policiais contra políticos, empresários e agentes públicos. As informações privilegiadas teriam sido passadas em troca de propina, além de outras práticas supostamente criminosas. Tudo leva a crer que o relatório, ou os relatórios da Chabu, esteja pronto até o fim de julho.

Lava Jato

Todos estes elementos levam a crer que os desdobramentos da Alcatraz e da Chabu podem desaguar em uma versão catarinense da Lava Jato! E que teria um potencial devastador. (Cláudio Prisco Paraíso).

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