Trevo da Área Industrial vai ajudar e muito, mas poderíamos ter uma segunda pista, que não saiu por “birra” de um gestor municipal
Um dos grandes problemas de nossos gestores públicos ao longo das últimas décadas tem sido, sem a menor dúvida, a falta de visão, fundamentada principalmente nas divergências partidárias. Falta de consenso da classe política em torno de projetos estruturantes, principalmente visando o futuro.
No início da década de 80 do século passado quando o Governo do Estado estava asfaltando o trecho da SC-280 de Canoinhas a Porto União, o prefeito não concordou em providenciar a desapropriação de algumas poucas casas (bem menos de 10) da ponte do rio Pintado até o quartel do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, para permitir o asfaltamento de duas pistas.
O prefeito se recusou porque era adversário político do governador, que na verdade não estava nada preocupado com a falta de simpatia do então chefe do executivo municipal.
Orientado pelo seu secretário dos Transportes, o governador entendeu ser necessária a construção de duas pistas, pois o trecho que ligava o Pintado até à BR-135 tinha sido excluído do projeto original.
A rodovia deveria ter sido asfaltada pelo Governo Federal, mas o Estado acabou assumindo a responsabilidade, promovendo algumas mudanças no projeto, daí a exclusão do trecho do Pintado à Transbrasiliana, passando por grande parte do interior de Porto União.
Apenas um detalhe da falta de visão de um gestor, exatamente como de vários outros de nossas cidades, independentemente de ser de Porto União ou de União da Vitória.
Quanta falta esse trecho duplicado do Pintado até a Avenida dos Ferroviários está fazendo agora?
Diante do excesso de movimento nesse trecho, que voltou a ser BR-280, o Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) autorizou a construção de um trevo de acesso à Área Industrial, depois de vários pedidos dos industriais, vereadores, vice-prefeito e prefeito.
Com esse trecho, pelo menos, após concluído, esperamos, seja menos complicado o acesso à Área Industrial.
Obras imediatistas, a grande maioria para atender pedidos até de cabos eleitorais, ou por questões de divergências políticas idiotas, acabam se constituindo em problemas sérios, exatamente como esse trecho do Pintado até a entrada da Av. Edmundo Arrabar que poderia ter sido duplicado.
O trevo, contudo, é necessário e merece os aplausos de todos quantos “brigaram” ele.
