A esperança é que o ufanismo do deputado Hussein Bakri seja proveitoso e com resultados positivos principalmente para a região de União da Vitória
O próprio deputado Hussein Bakri, em seus discursos na última sexta-feira em União da Vitória, demonstrando humildade, disse que após o resultado do pleito de outubro do ano passado, considerando o insucesso da sua votação, que o deixou numa segunda suplência e sentindo que sua carreira como deputado estava no final, de repente viu, graças ao apreço que tem do governador eleito Carlos Roberto Massa Ratinho Junior, grandes chances de dar sequência à sua caminhada na vida pública.
O governador levou dois deputados estaduais para o primeiro escalão de seu governo, permitindo que Hussein permanecesse no parlamento estadual, pelo menos até abril de 2022, quando certamente os dois deputados estaduais convocados para o Governo devem voltar para suas cadeiras, como titulares que são.
Mas o ex-prefeito (2001/2008) de União da Vitória e eleito deputado em 2014, até abril de 2022, poderá desenvolver um grande trabalho, porque está na liderança da bancada de 42 parlamentares que fazem parte da base aliada do governador, além de ser membro de duas importantes comissões da ALEP (Educação e de Constituição e Justiça), portando ocupando uma posição privilegiada.
E essa situação de prestígio ele mostrou na última sexta-feira (5) quando trouxe a União da Vitória o deputado federal Sandro Alex, atual secretário da Infraestrutura e Logística do Governo do Paraná.
Primeiro reuniu no auditório da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), os prefeitos da AMSULPAR (presidida pelo prefeito Santin Roveda), vereadores e outras lideranças. Depois, com várias outras lideranças, outra reunião, no salão do restaurante Fornello.
Nessas reuniões, Hussein informou projetos estruturantes que estão previstos no programa do atual governo e os que podem ser realizados em nossa região, com destaque para a construção de um aeroporto regional e da duplicação da BR-476, que liga União da Vitória a Curitiba.
Verdade que são duas obras importantes e que podem ser de vital importância para que União da Vitória e a região cresçam economicamente, não para voltar a ser a terceira economia do Estado como até a década de 60 do século passado.
Essa posição já não é mais possível, porque naquela época o progresso estava somente na região Sul (incluindo Curitiba), parte do Norte. E o Sudoeste e Oeste do Estado começavam a ser invadidos por gaúchos e paulistas, atingindo, com o passar dos anos, índices de desenvolvimento extraordinários, porque as atenções foram voltadas principalmente para a agricultura e à agro-indústria.
E nossa região com a economia baseada inicialmente na erva-mate e depois na exploração da madeira, sinceramente, parece que não vislumbrou o futuro, além de que grande parte da área geograficamente não é nada propícia para a agricultura, mas bem que poderia servir – como Videira, Joaçaba, Concórdia, Pato Branco, Francisco Beltrão e outras cidades – para a suinocultura, avicultura, para a agro-indústria. Mas essa não parece não ser, infelizmente, a nossa vocação.
Mas podemos nos orgulhar, por exemplo, da importância que a região de União da Vitória está reconquistando com a produção da erva-mate, com o município de Cruz Machado passando a ser considerado a Capital Brasileira da Erva-Mate.
E também com a diversificação da indústria madeireira, agora sem as gigantescas araucárias, imbuías e cedros, além de outras espécies, mas com a utilização das grandes reservas de pinus elliotti e eucalipto.
Afinal, nossas poderosas indústrias madeireiras não existem mais, mas novas e modernas, apesar de não tão gigantescas surgiram, dando às cidades de União da Vitória/Porto União o título de Capital Nacional da produção de portas de janelas. É preciso entender que a metamorfose atinge todos os segmentos da vida. E evidente que nos atinge também.
E para nosso gáudio, a denominada ‘indústria sem chaminés’ surgiu: as instituições de ensino superior, com três, sendo dois Centros Universitários (Uniguaçu), com cerca de 5 mil acadêmicos, (Uniuv), com cerca de mil e o Campus da Unespar com cerca de mil. Além da UnC em Porto União, com centenas de acadêmicos. União da Vitória é referência no Sul do Brasil em ensino superior.
Voltando a privilegiada e prestigiada posição que desfruta o ex-prefeito e deputado Hussein Bakri, torcemos que esse ufanismo dele, anunciando projetos estruturantes tão importantes, como a duplicação da BR-476 e a construção de um aeroporto regional, sejam concretizados.
A duplicação da BR-476, uma rodovia federal, depende do Ministério dos Transportes. Que é necessária não podemos contestar, mas depende do Governo Federal, que todos sabem atravessa por um período dos mais difíceis.
Mas o secretário Sandro Alex, que declarou na reunião da CDL ter ele e sua família votado em Hussein, é deputado federal e tem todas as condições de pleitear junto ao Ministério dos Transportes, a duplicação da BR-476.
Chamou a atenção na fala do secretário Sandro Alex, a postura do governador Carlos Roberto Ratinho Junior, que tem como lema “a austeridade, a honestidade e a transparência”. Alex lembrou que Ratinho Junior foi eleito governador sem vínculos com a velha política paranaense, daí porque está livre para governar sem amarras.
A construção do aeroporto regional depende dos três entes públicos – Município, Estado e União. Difícil de ser construído? Com certeza que não! Mas depende do entendimento do Município, Estado e União. E isso parece ser bem viável.
Em se tratando de projetos estruturantes, já destacamos em várias postagens o trabalho que vem sendo realizado pela atual administração municipal comandada por Santin Roveda/Bachir Abbas, com resultados que começam a ser visíveis aos nossos olhos, como a construção da nova ponte sobre o Rio Iguaçu ligando o centro da cidade ao populoso distrito de São Cristóvão; a revitalização da Av. Manoel Ribas; a revitalização do ginásio de esportes ‘Isael Pastuch’, já concluída e inaugurada; a revitalização do estádio municipal ‘Antiocho Pereira’; o asfaltamento das ruas Braulina Pigatto e Leandro Muzzolon, com mais de 7 quilômetros; a revitalização da Praça Coronel Amazonas; os parques infantis; as arenas esportivas; até o novo elevador no inadequado e irresponsavelmente prédio Banco do Brasil adquirido por administração passada.
Existem também dezenas de outras obras e ações nos setores da infraestrutura, educação, saúde, esporte, turismo, preservação da história e cultura.
E a parte mais importante da atual administração: o magnífico crescimento no setor do empreendedorismo, com a criação de centenas de micro-empresas. E União da Vitória avançando no crescimento na geração de renda e emprego, caindo da 254ª para a 19ª no Paraná.
As conquistas
Projetos estruturantes são metas de Santin Roveda/ Bachir Abbas desde janeiro de 2017. E a principal obra, a nova ponte, está em ritmo acelerado. E o projeto “União da Vitória para os 30 anos”, elaborado pela equipe de Jaime Lerner mostra o que deve ser feito. Projeto que não pode de jeito nenhum ser ignorado pelas futuras administrações.
Reconhecimento, apesar dos problemas…
Um povo sem memória e que não respeita a sua história, não tem futuro. Por isso, apesar dos problemas que ele tem com a Justiça, negar o que o então governador Carlos Alberto (Beto) Richa fez por um União da Vitória, é desrespeitar a ‘memória e a história’.
Foi no governo de Richa, que tinha ao seu lado lado o seu chefe da Casa Civil, deputado federal Valdir Rossoni, ambos ‘castigados’ pelo eleitorado no pleito de 2018, que obras como a nova ponte teve seu projeto viabilizado. Ainda a participação da governadora Cida Borghetti e do deputado Alexandre Curi.
Que essa fase extraordinariamente forte do deputado Hussein Bakri seja realmente proveitosa, principalmente para a nossa região.
Não preciso sequer ousar, porque, apesar de certa forma ele evitar, minha relação com ele foi muito forte durante um bom tempo, com grande ênfase na campanha de 2000. E ele sabe muito bem disso, porque, ‘político, ou gestor público, que ignora a memória de seu passado e a história não tem futuro’. Mas humildade parece que não falta ao deputado Hussein, pois ele mesmo deixou isso claro na reunião realizada na CDL e destacada no início dessa matéria.
Plagiando o prefeito Santin Roveda que sempre termina suas falas – às vezes meio formais, outras não – sempre diz: “Vamos trabalhar!!!”; eu digo: “Vou escrever!!!”, agrade ou não agrade.
