Bolsonaro e filho denunciado pela PGR por crime de racismo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, sexta-feira (13), os deputados federais Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pelos crimes de racismo e ameaça. Se condenados, os Bolsonaro podem cumprir penas entre seis e dez meses de detenção por ameaça e um a três anos de prisão por racismo. A PGR também pede o pagamento de multa estipulada em R$ 400 mil por danos morais coletivos.

Pré-candidato do PSL à sucessão de Michel Temer, Jair Bolsonaro é acusado de racismo contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. Em abril do ano passado, durante uma palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, o deputado fluminense usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais em pouco mais de uma hora de palestra.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma na denúncia que a conduta de Bolsonaro é “ilícita, inaceitável e severamente reprovável”, além de desrespeitar os direitos constitucionais dos grupos atingidos e da sociedade como todo.

Em declaração machista durante a mesma palestra, o deputado afirmou: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”. Ele, em seguida, apontou seu discurso para os índios, culpando-os pela não construção de três hidrelétricas em Roraima, além de criticar as demarcações de terras indígenas.

Os ataques prosseguiram, mirando também os quilombolas. Bolsonaro afirmou que as comunidades tradicionais “não fazem nada” e “nem para procriador eles servem mais”. Para Raquel Dodge está evidenciado que Jair Bolsonaro praticou, induziu e incitou discriminação e preconceito contra comunidades quilombolas, inclusive comparando-as com animais. (Congresso em Foco).

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