O presidente da República e o Piá Pançudo!
* Pedro Ribeiro –
Enquanto o presidente da República, Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, trocavam ofensas por marcação de território e para ver quem manda mais no pedaço, o ministro da Economia, Paulo Guedes, dava bum show de diplomacia e conhecimento em audiência no Senado Federal.
Na Comissão de Assuntos Econômicos, Guedes prometeu, após aprovação da reforma da Previdência, uma “chuva de investimentos no Brasil”. O ministro voltou a afirmar que se a reforma da Previdência não for aprovada “o Brasil vai explodir”. Ele garantiu que “não vai poder pagar nem salário do servidor público”.
O senador paranaense, Oriovisto Guimarães, do Podemos, manifestou ao ministro Paulo Guedes, preocupação em relação à aprovação da Reforma da Previdência e disse estar desconfortado com as trocas de acusações entre o presidente Bolsonaro e o presidente do Legislativo, Rodrigo Maia. “Isto não é bom para o país”, alertou o senador.
Esta discussão entre Bolsonaro e Maia já passou do limite do tolerável. Se Maia diz que o presidente precisa parar de brincar de governar, cabe a Bolsonaro provar o contrário e não apenas retrucar como dois piás pançudos em briga de saída de colégio. No Congresso Nacional já há quem fala em problemas de governabilidade, o que acende luz amarela no Palácio do Planalto.
O chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni também entrou em campo e passou a tarde de quarta-feira reunidos com lideranças partidárias para acalmar os ânimos. Em contrapartida, a líder do governo na Câmara dos Deputados, Joice Hasselman joga gasolina no fogo ao destratar, de forma prepotente, parlamentares de defendem a reforma da Previdência.
Bolsonaro deve dar as costas a futricas, deixar de se pautar na Revolução de 64 e governar. Neste momento, em que precisa do Congresso Nacional é hora de tirar a farda. Seria bom para o Brasil e para os brasileiros.
(* Pedro Ribeiro é um dos mais destacados jornalistas do Paraná).
O problema é que a esquerda quer que tudo dê errado neste governo.