Uma ponte construída no lugar errado e suas consequências

Aqui no Site já postamos matéria relatando as razões políticas porque na década de 40 do século passado a primeira ponte (que de denominamos de Ponte Nova) foi construída em local completamente errado.

Do Colégio Estadual Túlio de França, no espaço que estava no nível do Rio Iguaçu, foi necessário um grande aterro, que passou a ser um obstáculo para a passagem das águas em períodos de fortes chuvas.

E às margens do aterro (ampliado), após a conclusão da ponte, surgiram imóveis residenciais e até comerciais. 

Mais tarde veio o asfaltamento,  danificado na enchente de 1983, mas novos imóveis surgiram, parece que esperando as consequências de uma nova enchente que mais cedo ou tarde virá.

Se a construção da primeira ponte com o aval do poder público foi construída no local errado, agredindo parte da base de uma grande montanha, com a abertura de acessos à direita e à esquerda, a irresponsabilidade continua por parte do poder público, que permitiu a ocupação agora bem mais ampla do espaço do Colégio Túlio de França até à cabeceira da ponte. 

Os acessos, tanto à direita quanto à esquerda, estão encostados na grande montanha, que já mostrou (e não foi só agora) que pode sofrer até um grande deslisamento, estão em risco permanente. Quem garante que novos deslisamentos não vão ocorrer? 

A responsabilidade dos acessos são dos órgãos públicos estaduais e federais, já que são trechos do DER e do DNIT.

Mas os atuais comandantes administrativos municipais, inclusive os agora “jornalistas” vereadores do Facebook, estão mais preocupados com o capim que cresce viçosamente nos prolongados períodos de chuvas fartas, precisam voltar suas atenções para o sério problema dos acessos na encosta do morro que dá acesso a Ponte Nova.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) parece empenhado na elaboração de um projeto que objetiva a construção de uma proteção no acesso da ponte à BR-153. Mas que seja célere na elaboração e execução.

Resultado de uma definição historicamente desastrosa dos limites dos estados do Paraná e de Santa Catarina, em outubro de 1916, com a cidade de União da Vitória começando a crescer cada vez mais próxima do grande rio. 

E a construção da Ponte Nova é uma clara e inquestionável prova da falta de visão no futuro, que agora começa a ser vislumbrado com mais responsabilidade, inclusive por um projeto duramente criticado, mas que deve ser observado e defendido por todos os segmentos pensantes da comunidade.

É o projeto elaborado pelo competente urbanista Jaime Lerner, que vislumbra a União da Vitória daqui a 30 anos, que não será usufruída por mim e por todos quantos fazem parte da minha geração. Mas nossos filhos, netos e bisnetos vão.

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