Santa Catarina terá indicador próprio para avaliar qualidade da educação
Ao mesmo tempo em que acerta os últimos detalhes para o início do ano letivo, marcado para a próxima segunda-feira, 11, a Secretaria de Estado da Educação (SED) trabalha em outras frentes para elevar a qualidade e ensino em Santa Catarina. As novidades foram comunicadas pelo secretário, Natalino Uggioni, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 7, em Florianópolis. Os anúncios foram transmitidos ao vivo pelas redes sociais do Governo do Estado.
“Já iniciamos as tratativas com a Fecam e a Undime (entidades que representam os municípios catarinenses e os dirigentes municipais de educação, respectivamente) para desenvolver um índice de avaliação catarinense. Os índices que usamos hoje são nacionais e a gente quer desenvolver uma avaliação própria”, detalhou Uggioni.
Segundo ele, o objetivo é melhorar o monitoramento da realidade da educação em Santa Catarina, para agilizar a tomada de decisões e as ações necessárias. Um grupo de trabalho foi formado para desenvolver a metodologia, com planos de utilizá-la em caráter experimental ainda neste ano.
“Imagine se tivermos um painel de indicadores em cada escola. Poderemos ver os resultados das iniciativas que dão certo, copiar as boas práticas e subir a régua do nível da educação. Excelência é isso”, afirmou o secretário.
Participação da comunidade escolar
Santa Catarina dispõe de 1.073 escolas da rede estadual. O secretário frisou que a participação de toda a comunidade é importante para o desenvolvimento da educação. Todos os atores envolvidos, como profissionais, alunos e pais, correspondem a 20% da população catarinense, de acordo com Uggioni.
“Imagina a revolução que conseguiremos fazer se todo esse percentual estiver bem preparado”, considerou. “Os nossos indicadores não vão tão mal quando comparados a outros estados, mas temos que medir de acordo com os melhores do mundo, como Finlândia, Hong Kong e Cingapura”.
Inovações tecnológicas
O secretário também lembrou que há inovações tecnológicas em andamento, como a aquisição de lousas digitais, sistemas online para a realização de matrículas e para que professores e estudantes possam acompanhar os resultados do dia a dia na escola. “Quanto mais essas informações estiverem ao alcance das mãos, mais vamos aproximar a escola do que os alunos, a sociedade e o mundo esperam, que é um ambiente mais conectado”, disse.
A SED planeja criar e fortalecer parcerias com entidades como Instituto Ayrton Senna, Sesi, Senai e Sebrae para aumentar a oferta de ensino técnico e atividades no contraturno escolar, de modo que os alunos saiam do ensino médio mais bem capacitados para o mercado de trabalho. A ideia é ampliar o número de escolas que ofertam um segundo idioma.
“Já conversamos com Embaixada da Espanha e com Consulado Italiano. Nosso desejo é que em 2019 já tenhamos alguns projetos-piloto ampliados nesse sentido”, projetou Uggioni.