As redes sociais e as crises criadas no governo de Carlos Moisés da Silva

* Moacir Pereira

Os primeiros 11 dias do governo Moisés da Silva tiveram duas marcas: pressões partidárias para demitir titulares de cargos comissionados nomeados pelo novo governador; e crise política rachando o comando do PSL, o partido do governador, e confronto direto entre as bancadas federal e estadual.

Na esfera administrativa foram três os titulares que perderam os cargos por críticas de parlamentares do PSL: o professor Tiago Savi deixou a presidência da Santur, a professor Rita Maria da Silva foi exonerada da Gerencia Regional de Educação em Lages; e a coronel da reserva Edenice Fraga, exonerada da Coordenadoria da Igualdade Racial da Secretaria do Desenvolvimento Social. 

Curioso é que as demissões foram causadas por manifestações de deputados e líderes do PSL nas redes sociais.

E a semana termina com a crise inédita provocada pelo pedido de três dos quatro deputados federais do PSL pela destituição da Executiva Estadual do partido, presidida por Lucas Esmeraldino, o homem forte do esquema do governador Carlos Moisés da Silva.

Um dos subscritores do pedido, deputado federal Daniel Freitas, anunciou em Brasília que o vice-presidente nacional do PSL, Antonio de Rueda, virá ao Estado na próxima semana para tratar do impasse.

O deputado Ricardo Alba, o mais votado em 2018, divulgou “nota de apoio” a Esmeraldino. Foi contestado pelo deputado Felipe Estevão, que alegou não ter sido ouvido e nem assinado a nota.

Ricardo Alba acusou os deputados federais de tentativa de golpe para tomada do poder no partido. 

Fato político a revelar os novos tempos. Estas crises não foram produzidas por pronunciamentos na Assembleia Legislativa ou por manifestações na mídia tradicional. Tudo ocorreu e continua repercutindo nas redes sociais. (*Moacir Pereira/DC/NSC).

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