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As ações do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado no Rio Grande do Sul

Esta é a segunda ponte flutuante feita pelo 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado de Porto União.

Batalhão de SC constrói nova ponte flutuante no RS facilitando a passagem das pessoas ente as cidades de Lajeado e Arroio do Meio. A necessidade da nova ponte flutuante foi sentida devido ao alto número de pessoas realizando a travessia.

Mais de 20 dias se passaram desde que o 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado saiu de Porto União, no Planalto Norte de Santa Catarina, para trabalhar na ajuda humanitária no Rio Grande do Sul. Desde então, foram inúmeras pessoas salvas, ruas desobstruídas e pontes construídas.

Uma das ações que mais chamou atenção, com repercussão em mídia nacional, foi a passadeira ou “ponte flutuante”, construída pelos soldados catarinenses para ligar as cidades de Lajeado e Arroio do Meio.

Anteriormente, duas pontes ligavam Lajeado e Arroio do Meio, mas as estruturas foram atingidas pelas enchentes. Para ligar as cidades foi construída a primeira passadeira. Por conta da intensa passagem de pessoas, uma semana depois foi montada e “inaugurada” a segunda ponte flutuante na terça-feira (21).

“Antes tinham filas de um quilômetro e agora não tem, nem em horário de pico. Tinha gente que chegava cedo para esperar na fila. Agora, não precisa esperar abrir o sentido, sempre tem gente passando” conta o Tenente-Coronel Diego Agostini (foto), comandante do 5° Batalhão de Engenharia de Combate Blindado.

Para fazer a passadeira são colocados suportes flutuantes sobre a água e, então, fixados painéis, por onde as pessoas devem passar. Depois, o pelotão ainda acompanha todas as travessias.

Essa segunda estrutura foi montada entre a noite de segunda-feira (20) e a manhã de terça sob uma temperatura de sete graus.

A condição climática é um desafio, explica Agostini, já que alguns dos soldados precisam ficar horas na água gelada para montar a passadeira.

Conforme Agostini, o número de passagens diárias aumentou de 5 mil para quase 10 mil. Isso porque muitas pessoas moram em uma das cidades, mas trabalham ou estudam no município vizinho.

“Trabalhamos 24 horas por dia. Achávamos que na madrugada daria para parar uma hora, porque não haveria passagem, mas tem sempre gente passando. […] É um desafio porque temos que acompanhar a variação do nível do rio, mudar a passadeira de lugar, ou quando chove. Temos que ficar monitorando porque há preocupação com a segurança dos pedestres” cita o comandante do 5° Batalhão.

OUTRAS AÇÕES

Além da ponte flutuante, o 5° Batalhão de Engenharia de Combate Blindado tem realizado outras ações no estado gaúcho. Uma delas é a desobstrução de via.

Para conseguir retirar o material acumulado nas ruas, que muitas vezes chegam a mais de um metro de altura, é usada a Viatura Blindada Especial de Engenharia (VBE Eng), veículo que pesa 48 toneladas e tem força para retirar toda a lama e entulhos que possam impedir a passagem.

Especializados em estratégias de engenharia para a guerra, o pelotão também deve construir uma ponte no RS para a passagem de veículos e já fez resgates de pessoas ilhadas na região Metropolitana de Porto Alegre usando equipamento especial.

Um exemplo é a Portada Pesada Improved Ribbon Bridge (IRB). A embarcação possui cerca de 90 toneladas e estava sendo usada para transportar vítimas ilhadas. Primeiro, essas pessoas eram retiradas por botes menores, já que a Portada é muito grande e não consegue chegar em determinadas áreas.

Depois, essas pessoas eram transferidas para a embarcação do 5º Batalhão, que levava para os locais seguros um maior número de pessoas e de forma mais rápida.

“O batalhão é voltado para guerra, nossa missão é o combate e nessas operações a tropa usa esses equipamentos que são especiais. Se o inimigo faz obstrução de via, temos equipamentos para desobstruir. Então nas ajudas humanitárias nossos meios ajudam muito” destaca Agostini.

Em solo gaúcho desde o dia 1º de maio, o comandante comenta que não há previsão de data para que o 5º Batalhão retorne a Santa Catarina.

Os soldados trabalham com revezamento, então após determinado período podem retornar para casa e, depois, voltar à ação. Porém, a instituição em si deve permanecer no RS por tempo indeterminado.

Conforme Agostini, no momento, o exército trabalha com resgates e desobstrução de passagem. Porém, em um futuro próximo, ainda irá atuar na reconstrução das cidades.

(COM INFORMAÇÕES DA RBS).

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