Em Doha, no Catar, Lula cita Santa Catarina ao apontar mudanças climáticas

Em conversa com a imprensa em Doha, no Catar, na quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou Santa Catarina ao apontar exemplos onde as mudanças climáticas tem causado tragédias no Brasil. Lula participa em Dubai da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28). A proposta brasileira ao mundo é a crianção de um fundo permanente para financiar florestas tropicais. “A gente está vendo enchente onde antigamente não tinha. A gente está vendo seca onde antigamente não existia. A gente está vendo furacão, a gente está vendo coisas acontecendo no planeta que não eram esperadas há dez anos. Agora está acontecendo. É só ver o que está ocorrendo no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Amazonas”, disse ele.

Segundo Lula, o Brasil registra mais de 40 milhões de hectares de terras degradadas e que podem ser recuperadas. “Não apenas para plantar comida, mas para poder reflorestar”, disse.

Lula cita Santa Catarina em conversa com jornalistas no Catar
Foto: Ricardo Stucker / divulgação

“Estamos com um vasto programa, muito grande, de investimento em energia verde renovável, de recuperação dessas terras degradadas. E acho que a discussão que vai se dar na COP ainda pode não ser decisiva, mas vamos ter que mudar o jogo para que as pessoas aprendam que o planeta não está brincando, o planeta está avisando: ‘Cuidem de mim porque senão vocês vão perder’”, prosseguiu o presidente.

Questionado sobre as chances de um acordo com países ricos no âmbito da COP28, o presidente disse não acreditar nesse desfecho. “É preciso que as lideranças políticas do mundo tomem decisões mais corajosas e mais rápidas. Precisamos ter uma governança global para ajudar a cuidar do planeta. Se você toma uma decisão qualquer em benefício do mundo e ela tiver que ser votada internamente pelo seu Congresso Nacional, significa que ninguém vai cumprir”, completou.

Foto: Ricardo Stuckert / divulgação

Além de ter sido citada por Lula em Dubai, Santa Catarina está sendo representada na COP 28 por duas lideranças indígenas catarinenses que compoem a comitiva brasileira no evento, ambas de Florianópolis. Uma delas é a professora Jozileia Kaigang, ex-covereadora na Capital, que em janeiro assumiu a Secretaria do Direito Ambiental no Ministério dos Povos Indígenas. A outra é a também professora Ingrid Sateré-Mawe, dirigente da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA).

(ROBINSON GAMBÔA/GUARAREMA/NEWS).

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