Ponte dos Arcos: Confirmando um grande erro passados quase 80 anos
Novembro de 1944, eu tinha menos de 7 meses de idade, quando foi inaugurada a ponte dos ‘Arcos’, ou ponte ‘Nova’, pelo interventor Manoel Ribas, que dá o nome à própria ponte e à principal via pública de União da Vitória.
A foto mostra que a cerimônia inaugural foi realizada na cabeceira da ponte na entrada que vem para o centro, embaixo do grande morro, que vem ao longo dos anos, mesmo que, lentamente, desmoronando, agora com mais intensidade.
Ato inaugural com um público não muito, certamente porque a cidade ainda não tinha uma grande população.
Mas na foto, a constatação que fundamentou postagens neste Site, agora até com mais clareza, do extenso aterro que foi feito para a entrada na ponte vindo do centro da cidade. Aterro que, claramente, passou a bloquear a passagem das águas do rio Iguaçu.
Também as áreas totalmente ainda desocupadas, tanto do lado norte quanto do sul.
Com a construção da ponte e o aterro bloqueou o Iguaçu, mais grave ainda tendo pela frente uma montanha, que agora começa a desmoronar.
Uma ponte construída onde não deveria por um problema político entre o interventor e o prefeito. O interventor nomeado por um governo federal ditatorial e um prefeito, que não existe registro nenhum que tenha sido eleito pelo voto, mesmo porque até outubro de 1916 foi o prefeito de Porto União da Vitória, antes da divisão de limites dos estados do Paraná e de Santa Catarina.
Atualmente, o lado sul que é visto na foto, está o Colégio Túlio de França e toda a área e quase toda a ocupada, em toda a extensão da Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto.
Do lado norte, está atualmente o parque ambiental ‘Ary Queiroz’, que foi em grande parte ocupada por centenas de casas de famílias de baixa renda (transferida para área segura na gestão do prefeito Mário Riesemberg) e acima o bairro Navegantes. O parque foi implantado por causa da construção da usina de Foz do Areia, já que passou a ser área de risca, como realmente é.
Negar que a construção da ponte, com o extenso aterro, por uma estupidez política de 80 anos passados, acabou sendo problema para a passagem das águas em períodos de muita chuva, é a constatação de que tudo começou errado e passadas várias décadas, nada mudou…