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Previsão do nível do Iguaçu, segundo a Copel; e a falta de conhecimento da bacia hidrográfica do Iguaçu em nossa região, o que é lamentável

Todos os dias, em três horários, começando pelo Bom Dia Paraná, Meio Dia Paraná e Boa Noite Paraná, noticiários estaduais da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), assisto as três edições com atenção, que estão dando cobertura ao lamentável evento climático que mais uma vez estamos vivendo com as cheias do Rio Iguaçu.

Lamentável, porém, que os repórteres designados para as coberturas não têm conhecimento da situação da bacia hidrográfica do Iguaçu em nossa região, que abrange todo o Planalto Norte de Santa Catarina, região metropolitana de Curitiba (local de nascente do rio), Campos Gerais e Centro Sul  do Paraná.

Quando chove, como agora, nessas regiões dos dois estados, o nível do Iguaçu, aqui em União da Vitória (PR) e ao lado Porto União (SC), o nível sobe às vezes até demais, com consequências nada agradáveis para grande parcela da população das denominadas cidades ‘gêmeas do Iguaçu’, principalmente para União da Vitória, que na histórica divisão de limites dos estados de Santa Catarina e Paraná em 1916 do século passado, ficou com a área mais próxima do Iguaçu.

Quando chove, como agora, na região do Planalto Norte de Santa Catarina e na região metropolitana de Curitiba, Campos Gerais, Centro-Sul e Sul, no Paraná, todo o volume das águas passa por União da Vitória/Porto União, porque aqui é o ‘gargalo’ do grande rio, que não deixa de ser importante, porque é a fonte de abastecimento de água das cidades irmãs e a jusante  move seis usinas hidrelétricas da Copel, começando pela de Foz do Areia. 

As cidades de Rio Negro (PR) e Mafra (SC), que como União da Vitória (PR) e Porto União (SC), são limítrofes. E as duas sofrem com o transbordamento do Rio Negro, que tem sua nascente em Santa Catarina, recebendo também as águas do Rio Negrinho e outros daquela região que começa abaixo da Serra Dona Francisca, em Santa Catarina.

E tem toda a região metropolitana de Curitiba, Campos Gerais, Centro Sul e Sul do Paraná. E do lado sul do Planalto Norte, a partir da Serra do Espigão, passando por cerca de 20 municípios catarinenses.

E nessa região da bacia hidrográfica do Iguaçu, que abrange grandes extensões do Paraná e de Santa Catarina, estão com problemas sérios os municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Mafra, Três Barras, Canoinhas, Irineópolis, Porto União e seu distrito de Santa Cruz do Timbó, em Santa Catarina.

Rio Negro, Porto Amazonas, São Mateus do Sul e União da Vitória, no Paraná, estão com problemas sérios, mas as mais castigadas da região da bacia hidrográfica na região, são, sem dúvida, União da Vitória, Rio Negro, Porto Amazonas e São Mateus do Sul.

Do lado catarinense, São Bento do Sul, Mafra, Três Barras, Canoinhas e Porto União.

O NÍVEL DO RIO IGUAÇU EM UNIÃO DA VITÓRIA/PORTO UNIÃO, SEGUNDO MONITORAMENTO NA RÉGUA INSTALADA BEM NA DIVISA DAS DUAS CIDADES NA CABECEIRA DA PONTE FERROVIÁRIA ‘MACHADO DA COSTA’ PARA ESTA SEGUNDA-FEIRA (16) E PARA AMANHÃ, TERÇA-FEIRA (17):

16/10/2023 15:00 7,84 747,45 3.170 7,84 747,45 3.170
16/10/2023 21:00 8,07 747,68 3.350 8,06 747,67 3.330
17/10/2023 03:00 8,29 747,90 3.500 8,24 747,85 3.460
17/10/2023 09:00 8,45 748,06 3.610 8,37 747,98 3.560
17/10/2023 15:00 8,57 748,18 3.700 8,46 748,07 3.620
17/10/2023 21:00 8,66 748,27 3.770 8,53 748,14 3.670

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