Escola Miguelina Hessa Treuke completa 32 anos de história

A programação dos 32 anos da Escola Municipal Professora Miguelina Hessa Treuke e dos 78 anos da patronesse da escola ocorreu no sábado, 30 de setembro com a exposição  de trabalhos, parabéns e bolo.

 Ocorreu na manhã do sábado, 30 de setembro, a comemoração dos 32 anos de história da Escola Municipal Professora Miguelina Hessa Treuke, com a presença de alunos, pais e da patronesse.  Neste dia teve uma programação especial, que contou com a presença da Professora Miguelina Hessa Treuke. A data oficial de aniversário da escola como da professora aposentada é em 29 de setembro.

Para o grande dia de festa a equipe Pedagógica e professores, realizaram uma exposição com vários trabalhos que foram feitos durante  o mês de setembro, com uma sequência didática relacionada ao tema do aniversário da Escola Miguelina Hessa Treuke. Às 9h, a convidada especial chegou e foi recebida com muito carinho e abraços dos alunos e toda equipe da escola, que a esperaram no pátio e em seguida todos juntos entoaram os parabéns para a escola como para a dona Miguelina. Depois deste momento os alunos puderam conversar, fazer fotos com a patronesse, lanchar e apreciar os trabalhos feitos pelos colegas, que estavam no pátio junto com os seus pais. Já a senhora Miguelina pode fazer um lanche junto com as educadoras para uma troca de ideias e de valorização da educação.

“Para mim foi uma honra estar presente aqui, participando junto com alunos, funcionários e professores e eles estão se esforçando muito e os trabalhos que pude ver foram feitos muito bem. Sinto um carinho por todos, para mim é uma família, pois sempre trabalhei com as crianças, desde os meus 16 anos, e eu considero uma família”, falou a senhora Miguelina muito emocionada.

A Pedagoga Marlene Kreuzberg, destacou o trabalho desenvolvido com atenção por todos os educadores no mês de setembro, para a comemoração. “Neste mês de setembro, a gente trabalha a história da Escola Miguelina, envolvendo todos os professores, em todas as disciplinas e todos que atuam neste ambiente e pensando para o aniversário da escola. Então a nossa programação já inicia no dia 1º de setembro, para os alunos saberem toda a história até chegar ao prédio que temos hoje aqui, onde hoje comemoramos 32 anos da Escola Miguelina e 78 anos da professora Miguelina, que se faz presente aqui na escola e junto com os alunos, para saber como estamos e trazendo sempre uma lembrancinha para os educandos”, finalizou Marlene.

Ao final da programação cada aluno pode levar para casa um bolo no pote  e uma mensagem de motivação para que junto à família o tema, educação e história faça parte para um futuro melhor.

A nossa História

Em 1964, iniciou-se uma linda história de dedicação, muito esforço, persistência, resiliência, mas, de inúmeras vitórias e intenso sucesso.

A história relatada por pessoas que fizeram parte dela revela que na época, uma das escolas mais próximas desta região estava instalada na Fazenda das Rosas, propriedade particular do senhor Riva Dávia, que hoje é a localidade denominada     Vila Olindina e outra, sendo o então chamado Colégio São Cristóvão.

Como a distância entre as duas escolas era muito grande, o pade José Dallalba, da Paróquia São Cristóvão, juntamente com a comunidade residente nas proximidades, constatando a dificuldade das crianças em continuar os estudos,  julgaram necessário iniciar uma nova escola para atender a demanda.

Na localidade existia uma capela de rito católico que oferecia às crianças o ensino de catequese. A senhora Miguelina Hessa Treuke, que na época era professora na cidade de Porto União (SC), nas suas férias, foi quem começou a ministrar as aulas de catecismo a pedido do padre José. Ao término do seu período de férias, a professora Miguelina informou ao padre que teria de interromper a catequese  para retornar ao seu trabalho, mas, o padre que constatara a necessidade da  continuidade do estudo do catecismo e também a dificuldade que os alunos enfrentavam em se locomover até a escola mais próxima, decidiu falar com o prefeito  da época, senhor Domício Scaramella para abrir uma escola de ensino regular na comunidade, o qual de pronto atendeu a seu pedido.

Convidaram então  Miguelina Hessa Treuke, para assumir o cargo de professora, a qual foi imediatamente contratada pela Prefeitura Municipal de União da Vitória, no dia 17 de fevereiro de 1964 e nomeada para iniciar os trabalhos na Escola Isolada Municipal Encruzilhada São Cristóvão, que assim fora chamada, começando as atividades com  uma turma multisseriada.

A escola funcionou na capela no período de 1964 a 1967. Com o aumento  do número de alunos, mostrou-se necessária a construção de um prédio específico para instalar a escola. A Prefeitura de União da Vitória, juntamente com o Governo do Estado do Paraná, construíram um prédio em alvenaria nas proximidades da capela.

Em dezembro de 1970, a escola foi nomeada como Escola Isolada Inocêncio de Oliveira – Ensino de 1º Grau. (1ª a 4ª série), denominação esta que homenageia o senhor Inocêncio de Oliveira que foi vereador e prefeito de União da Vitória por diversas vezes.

Em 1986 foi implantado o Pré-Escolar e a 5ª série do 1º grau, conseguido com muito esmero pela professora Miguelina, que respondeu pela escola desde sua criação, de 1964 até 1986. Chegaram então à escola as professoras Angelina Isaura Cechin e Marilda Drozda, que responderam pela direção da mesma. Aposentando-se   então a professora Miguelina, em 1987.

Em meados de 1991, assumiu a direção à professora Marili Polsin Staciak  que respondeu com empenho pela escola até 2001 e durante os dois primeiros anos de municipalização foi responsável pelas duas escolas (municipal e estadual).

Em setembro de 1991, com a municipalização do Ensino no Estado do Paraná, do Pré-Escolar a 4º série do 1º grau, foi realizada na comunidade uma enquete com a sugestão de três nomes, para então denominar a escola municipal, destes, foi escolhido o nome da professora Miguelina, que foi apontada como o nome  mais relevante por sua história de trabalho e dedicação, sendo a primeira professora e a responsável pela escola desde o início, permanecendo por 22 anos e enfrentando  as dificuldades como a distância e as condições de trabalho. A escola denominou-se então Escola Municipal Professora Miguelina Hessa Treuke – Ensino de Pré e 1º Grau, permanecendo no mesmo prédio em dualidade com o Colégio Estadual Inocêncio de  Oliveira. Essa mudança aconteceu conforme estabelece o Decreto n. 234/91, expedido pelo então prefeito Mário Riesemberg e autorizada a funcionar através da Resolução n. 3071/91 publicada no Diário Oficial do Estado DOE 03/10/1991, da Secretaria de Estado da Educação.

O funcionamento do Pré – escolar foi autorizado através da Resolução n.5525/93 de 13/10/1993 pela Secretaria de Estado da Educação.

No ano de 2012, a escola passou a funcionar com o Ensino Fundamental de 09 anos, do 1º ao 5º ano, conforme o Decreto n. 03/07. A escola tinha, portanto, o ensino de Pré-Escolar e as turmas do ensino fundamental I, do 1º ao 5º ano. Com a demanda de alunos aumentando significativamente  em ambas as escolas, notou-se a necessidade da construção de mais um prédio para separá-las com o intuito de melhor atender a comunidade, as crianças e os adolescentes. A falta de espaço foi crucial para a Prefeitura atender ao pedido da comunidade, sendo então iniciadas as tratativas pela nova obra.

Em meados de 2014, iniciou-se a construção, que com o passar do tempo foi interrompida e retomada várias vezes, mas somente em 2019 com o empenho da administração, do prefeito Santin Roveda e seu vice-prefeito Bachir Abbas como também do secretário de Educação Ricardo José Brugnago, a obra foi retomada e finalizada. A Inauguração aconteceu no dia 29 de setembro de 2020, data também do aniversário da patronesse, professora Miguelina Hessa Treuke. A atual coordenação da Escola Municipal Professora Miguelina Hessa Treuke – Educação Infantil e Ensino Fundamental é composta pela professora Juliana  Alves Martins como gestora Escolar e a professora Marlene Silveira dos Santos Kreuzberg como Supervisora Pedagógica.

(Texto de Marciel Borges).

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