Governo do Estado paga R$ 580 milhões para o Itaú após venda da Copel
O Governo do Estado fez no início de setembro o pagamento de cerca de R$ 580 milhões ao Banco Itaú, por conta da privatização do Banestado. O adiantamento da parcela se fez necessário por causa da venda de ações da Copel.
Esta cláusula da liquidação antecipada estava prevista no acordo feito em abril deste ano, entre o Palácio Iguaçu e o Banco Itaú, acordo este homologado pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF) num dos últimos atos dele na Suprema Corte.
O pagamento ao Itaú foi confirmado por uma fonte do Blog Politicamente. O valor de R$ 580 milhões se refere a segunda parcela, que é de R$ 550 milhões, acrescida de juros.
A parcela foi quitada com recursos próprios, dos cofres do Governo do Estado — até porque o dinheiro obtido com a privatização da Copel, pouco mais de R$ 3 bilhões, só pode ser usado para investimento, por força de lei. O Palácio Iguaçu já adiantou que vai usar os R$ 3 bilhões para investir nas áreas de Educação, saúde e Infraestrutura.
Enquanto este montante não é usado, o Governo do Estado resolveu aplicar estes recursos num fundo de investimento de renda fixa junto ao Banco do Brasil.
A venda de ações da Copel estava atrelada ao acordo com o Banco Itaú porque quando o Banestado foi privatizado o Governo do Estado deu ações da Copel como garantia de pagamento. Como o governador Roberto Requião, que não concordava com a privatização do Banestado, parou de pagar ao Itaú, o banco alienou as ações da Copel.
Diante desta falta de pagamento e do aumento progressivo da dívida, o governo Ratinho Junior resolveu sentar para negociar com o Itaú. Até porque já estava nos planos do governo a privatização da Copel.
Pelo acordo, o governo conseguiu reduzir a dívida de R$ 4,5 bilhões para pouco menos de R$ 2 bilhões. Foram acordados o pagamento de três parcelas: a primeira de R$ 600 milhões quitada no final do mês de abril deste ano e duas outras cotas de R$ 550 milhões a serem pagas em abril de 2024 e abril de 2025.
No entanto, por causa da privatização da Copel, o Palácio Iguaçu teve de adiantar a parcela que venceria em 2024 — portanto, a próxima e última parcela vence em 2025.
(BLOG – POLITICAMENTE).