Citando Romeu Zema (MG), Tarcísio Freitas (SP) e Eduardo Leite (RS), governador Ratinho Junior admite que pode concorrer à Presidência

Os compromissos, as entrevistas para grandes veículos de imprensa e algumas agendas, em outros Estados, voltadas para o cenário nacional já davam um indício que o governador Ratinho Júnior (PSD) mira a eleição presidencial em 2026. Com uma tranquila reeleição, com quase 70% dos votos, já era natural alçar o nome dele para a disputa presidencial.

Outro fator foi a “importação” do secretário de comunicação de São Paulo, Cléber Mata, para tocar a divulgação das ações do governo paranaense. Com bom trânsito, principalmente no eixo Rio-São Paulo, Mata tem “emplacado” Ratinho em jornais de grande circulação no país. O exemplo mais recente foi a entrevista dada pelo governador à revista Veja, que circulou neste fim de semana.

E Ratinho Júnior admitiu que pode disputar a presidência da República em 2026 — obviamente com toda a precaução política, citando também como presidenciáveis os governadores Tarcísio Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) que despontam como novas lideranças de centro-direita.

O caminho que Ratinho Júnior esta trilhando é bastante claro. O discurso é contra a ideologia, o extremismo e os excessos que no campo político se acirrado desde 2018 quando se instalou no país a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro — movimento ainda mais intensificado em 2022.

Aposta — Ratinho aposta no desgaste e nos reflexos desta polarização na sociedade brasileira. O discurso do governador esta posto: colocar fim às brigas políticas, ao extremismo, e governar para o bem do país. De certa forma, e em outra proporção, repete a estratégia bem sucedida aqui na terra das araucárias. Tanto em 2018 quanto em 2022, Ratinho repetiu durante as campanhas que era hora de por um fim na briga política e pensar em governar para os paranaenses.

O cartão de visita apresentado por Ratinho fora do Paraná são as conquistas obtidas por aqui. Invariavelmente, o governador aborda a questão econômica do Estado, que ultrapassou o Rio Grande do Sul e hoje é a quarta maior economia do Brasil. E vai destacar cada vez mais as obras de infraestrutura. A questão do pedágio obviamente, é outro ponto, assim como programas como o do asfalto de 100% das ruas nas pequenas cidades, entre outros avanços.

Para chegar aos eleitores do Norte e Nordeste, principal reduto político petista, a estratégia de Ratinho passa pelo seu homônimo. O apresentador de TV Ratinho, pai do governador, pode ser uma peça importante para levar o nome do governador aos outros cantos do país.

Cenários — Agora o cenário não é tão favorável quanto parece. O principal adversário tende a ser Tarcísio Freitas que governa o maior Estado mais importante do ponto de vista econômico do país. Mas outros fatores podem interferir numa possível candidatura de Ratinho Júnior para a presidência da República. Um deles é o ex-presidente Jair Bolsonaro — que também vale para Tarcísio Freitas.

Como o Capitão vai chegar em 2026? Elegível? Inelegível? Preso, como alguns acreditam? E os votos do Bolsonarismo, quem vai herdar? O Ratinho tem chances de receber parte destes votos, mas já é visível uma tentativa de se afastar do Bolsonarismo extremista.

Outro fator, como estará o governo do presidente Lula? A questão econômica é um ponto muito importante na eleição. Embora a economia brasileira tenha dado sinais de uma recuperação, com o crescimento do PIB, a questão das taxas de juros ainda é um entrave para alavancar o consumo do brasileiro provocando reflexos no cenário econômico. Como estará a saúde de Lula? E outro ponto que não pode ser dissociado: Geraldo Alckmin, que hoje é vice-presidente, pode também tentar alçar voos maiores, caso Lula não dispute a reeleição.

De qualquer maneira, Ratinho está bem posicionado neste xadrez político. Caso o cenário seja favorável ele vai disputar a presidência da República, se não ele tem uma eleição muito tranquila para o Senado Federal, já que haverá duas vagas — hoje ocupadas por Oriovisto Guimarães e Flávio Arns, que dificilmente conseguirão renovar seus mandatos.

(BLOG POLITICAMENTE).

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