Governador Ratinho Junior não quer nem falar em ‘orçamento impositivo’, desejo dos deputados

Se hoje alguém falar em “orçamento impositivo” no Centro Cívico, a barreira que foi erguida ontem entre o Palácio Iguaçu e a Assembleia Legislativa vai ficar parecendo o muro da fronteira entre os Estados Unidos e o México que o Trump queria. Um grupo de deputados queria.

Ratinho Junior se reuniu com eles e poderia até repetir um bordão de programa humorístico do passado não muito recente: “mas não tes dou!”. Como a ninguenzada nem imagina o que seja o motivo da trombada, a explicação é simples e envolve, naturalmente, dinheiro: se o governador apoiasse, os cofres públicos abririam as portas  para verbas fixas do orçamento do Estado para que distribuíssem para as suas chamadas bases, ou seja, onde angariam votos para continuar por cima da carne seca.

O governador não gosta de entrar em dividida – é o seu estilo. Na teoria essa encrenca deveria ter sido resolvida com a Casa Civil, que existe pra isso, e com o líder do governo na Assembleia antes que a coisa atravessasse a rua que separa as sedes do Executivo e do Legislativo.

Não foi o que aconteceu e isso chamuscou o secretária João Carlos Ortega, e principalmente o líder Hussein Bakri, que tem de tratar com os deputados da base. Nesse balaio o que aconteceu foi que Ratinho recebeu parlamentares da sua base de apoio e foi simples e direto dizendo “não” e colocando os descontentes às disposição se quisessem sair do seu time que tem mais de 40 parlamentares e poderia ficar com uma maioria de 36/37. Mais sintomático é que Barkri não estava presente nesta reunião. O que virá por aí, não se sabe, mas não será orçamento impositivo.

(DO BLOG DO ZÉ BETO).

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