Promotora de Justiça realiza palestra sobre bullyng em escola de Canoinhas
Apresentar o que faz um Promotor de Justiça e falar sobre o bullying e suas consequências foi o objetivo de uma palestra realizada na manhã desta terça-feira (09/05), pela Promotora de Justiça Daniela Böck Bandeira para os alunos do 7º e 8º anos da Escola de Educação Fundamental Sagrado Coração de Jesus, em Canoinhas.
Após fazer uma palestra para o Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (NEPRE), a unidade escolar fez o convite para mostrar aos estudantes que a prática de bullying e cyberbullying pode caracterizar atos infracionais.
Na oportunidade, a Promotora de Justiça Daniela Böck Bandeira apresentou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), suas funções e o trabalho na proteção dos direitos de crianças e adolescentes. “Falei sobre atos infracionais e relacionei com bullying, cyberbullying e seus conceitos. Tratei também de vários exemplos de atos infracionais, das medidas socioeducativas e suas responsabilidades, além dos crimes contra a honra, ameaça, a divulgação de cena de nudez de outras crianças, bem como racismo e homofobia”, relacionou.
Ela frisou as consequências que a prática desses atos trazem para a vítima e para o agressor. Explicou que muitas vezes o criminoso adulto inicia esse comportamento na escola e que quem comete ato infracional pode ter mais dificuldade de conseguir emprego e apresenta baixo desempenho.
Numa dinâmica com os alunos, a Promotora de Justiça questionou o que eles queriam ser no futuro e como o comportamento deles hoje pode influenciar nessa situação. Ao finalizar, ressaltou que o poder deles é a voz de cada um, que podem e devem falar com professores e com a família caso se sintam vítimas ou vejam o bullying acontecendo.
Para a Promotora de Justiça Daniela Böck Bandeira, “o Ministério Público tem o papel de proteger os direitos e os interesses das crianças e dos adolescentes, e nisso está incluída não só a persecução dos delitos ou atos infracionais contra eles cometidos, mas também, e talvez principalmente, a garantia de um ambiente escolar saudável, no qual a formação profissional e pessoal se dê de forma plena”.
A palestra buscou informar aos adolescentes que os seus atos têm consequências e que elas vão muito além da aplicação de medidas socioeducativas – interferem na formação dos agressores e das vítimas e influenciam quem eles serão no futuro.
“Uma sociedade segura e harmônica perpassa, necessariamente, por jovens bem-informados de seus direitos e responsabilidades”, finalizou.