Paraná se mantém no topo da sustentabilidade com ampliação de programas e novas ações
Nos primeiros cem dias da nova gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior houve diversos avanços na área ambiental. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) deu importantes passos nas áreas de educação, conscientização e conservação ambiental, mantendo as boas práticas e expandindo programas inovadores, como o Poliniza Paraná e o CastraPet, além de anunciar o plantio de quase 650 mil mudas de espécies nativas.
No mês de março, foi iniciada a segunda fase do Poliniza Paraná. O projeto, inspirado nos Jardins de Mel de Curitiba, tem o objetivo de instalar colmeias de abelhas nativas sem ferrão em diversas cidades do Estado para reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem.
A ação ambiental chegou agora às Unidades de Conservação do Estado, dando início à segunda etapa. Dez espaços, de nove municípios diferentes, foram selecionados para a expansão do programa, com investimento de R$ 72 mil. O Parque Estadual de Campinhos, em Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, foi a primeira unidade a receber o Poliniza. Também o jardim do Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado, recebeu 15 colmeias.
Em seguida, as colmeias foram instaladas no Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, e no Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi, do Monge (Lapa), do Palmito (Paranaguá); na Floresta Estadual Metropolitana (Piraquara); e no Monumento Natural Estadual Salto São João (Prudentópolis).
Ainda estão previstas as instalações no Parque Estadual Vila Rica do Espirito Santo (Fênix); Lago Azul (Campo Mourão); e na Estação Ecológica Ilha do Mel.
Iniciado em janeiro de 2022, o Poliniza teve sua primeira fase em parques urbanos, como nos municípios de Brasilândia do Sul, Campo Mourão, Kaloré, Maringá, Marumbi, São João e Sapopema.
“Primeiro instalamos as colmeias nos parques urbanos, com educação ambiental também para que as crianças possam entender a importância da polinização dentro da nossa biodiversidade e, agora, nós fizemos um segundo movimento que é o de levar o projeto para as unidades de conservação estaduais”, explicou o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge.
Ele ressaltou o cuidado que o ser humano deve ter com o meio ambiente. “Durante muito tempo, todos nós não colaboramos com a natureza como gostaríamos, e retiramos da dela aquilo que pertence a todos. Esse é um movimento em que a gente devolve para a natureza as nossas abelhas. Com espécies sem ferrão, que podem conviver com a sociedade e que ajudam na polinização dos nossos alimentos”.
MUDAS – A Sedest lançou um grande projeto de plantio de mudas que será executado pelo Instituto Água e Terra (IAT) dentro do programa do Governo do Estado Asfalto Novo, Vida Nova, lançado no início do mês pelo governador. Está previsto o fornecimento de 642 mil mudas de espécies nativas na primeira fase do programa.
O Asfalto Novo, Vida Nova envolve um investimento de R$ 500 milhões em sua primeira etapa – R$ 300 milhões do Estado e R$ 200 milhões da Assembleia Legislativa – para a melhoria da infraestrutura urbana de 160 municípios paranaenses com até 7 mil habitantes.
O plantio visa compensar a emissão de CO2, um dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas, em decorrência das obras. Para isso, o município deverá, como contrapartida para recebimento dos recursos, fazer o plantio de árvores nativas do Programa Paraná Mais Verde.
O Instituto Água e Terra fez um estudo de compensação de carbono para obras de asfalto e ele mostrou que, para cada quilômetro pavimentado, é necessário pouco mais de um hectare de floresta. Na soma final, 571 hectares serão recuperados por meio do fornecimento de mudas dos viveiros do IAT.
O secretário de Desenvolvimento Sustentável destaca a importância do reflorestamento para as futuras gerações.
“A Sedest terá um papel muito importante nesse programa em que o Governo do Paraná combina desenvolvimento com sustentabilidade. Com o plantio para compensar a emissão de carbono decorrente das obras, serão beneficiados os paranaenses de hoje, com asfalto e outros benefícios, e os do futuro, que desfrutarão de um Estado cada vez mais verde e bonito”, destacou.
CASTRAPET – Em março também foi finalizado o terceiro ciclo do CastraPet Paraná – Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos – Castrapet. No total, foram 73 mil animais castrados e 218 municípios atendidos.
O programa é executado pelo IAT, vinculado à Sedest, com recursos do Tesouro do Estado e de emendas parlamentares, além do suporte logístico dos municípios. Entre abril de 2019 e março deste ano, o investimento foi de aproximadamente R$ 11 milhões.
Destinado à população de baixa renda, organizações da sociedade civil e protetores independentes, o programa foi criado no início da primeira gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior, com a proposta de conter o aumento do número de animais abandonados nas ruas das cidades, evitar doenças e transmitir conhecimento sobre cuidados e boa convivência entre famílias e pets.
MATA ATLÂNTICA – O Paraná ainda vai liderar nos próximos anos os grupos de trabalho no âmbito do bioma da Mata Atlântica, na Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente) e Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste).
Nesse contexto, estão previstas discussões que contemplem a estruturação de projetos de captura de carbono, elaboração de uma agenda internacional e a redução do desmatamento ilegal.
A Mata Atlântica é um importante bioma brasileiro, abrangendo cerca de 15% do território nacional, em 17 estados. É o lar de 72% dos brasileiros e concentra 80% do PIB nacional.
Todas essas ações visam cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, entre os quais Vida Terrestre e Cidades e comunidades sustentáveis, contribuindo para manter o Paraná como o estado mais sustentável do Brasil. (AEN).