Eles recebiam todos, independentemente de ideologia política, com muito respeito

Ele tinha centenas e centenas de amigos, inclusive no interior, como mascate, com suas malas ‘estufadas’ de roupas, indo nos trens da antiga RVPSC, tinha seus fregueses de ‘caderno’, entre os quais alguns de meus ancestrais no interior de Porto União.

Estou me referindo ao inesquecível libanês/brasileiro ALI BAKRI, que encerrou suas atividades de comerciante de roupas com a Loja Bahia, na Avenida Manoel Ribas, local de encontro para um cafezinho e uma boa prosa de dezenas e dezenas de amigos, entre os quais importantes líderes políticos e empresários.

Conheci ‘seo’ Ali muito bem e sei que em alguns momentos, por circunstâncias inerentes à minha atividade profissional, causei mágoa para ele, mas que não teve nenhum dano ao respeito, que era mútuo, principalmente por minha parte, que já na infância, no interior de Porto União, ouvia os sotaques de meus avós poloneses com o mascate libanês.  

Sem nunca ter manifestado absolutamente nada que não fosse a importância da democracia e do respeito ao estado de direito, Ali Bakri, com sua amada esposa Noa, em sua residência, quando da visita de autoridades importantes, sempre caprichavam numa deliciosa recepção com a culinária libanesa em seu apartamento.

E um dos recepcionados, como aconteceu com tantos outros, independentemente de ideologia partidária, foi o então governador (em seu segundo mandato) Roberto Requião, que veio a União da Vitória cumprir agenda organizada pelo prefeito Hussein Bakri, em 2003.

Entre os muitos governadores recepcionados pelo casal Ali Bakri e esposa: José Richa, Alvaro Dias, Jaime Lerner, além de tantos outros líderes.

O querido Ali Bakri não está fisicamente mais entre nós, mas vivo em nossa memória, tinha um sonho que está sendo consolidado: a transformação de seu filho Hussein, como uma grande liderança política.

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