Prédio do histórico Hotel Flórida não existe mais!

No final de semana, os que passavam pelas esquinas no centro de União da Vitória, exatamente na junção da Avenida Getúlio Vargas com as ruas Cruz Machado e Ipiranga, no encontro com o prédio ocupado pelo Poder Legislativo Municipal e a Praça Alvir Riesemberg, viam poderoso equipamento demolindo um dos mais antigos prédios daquela área central de União da Vitória: HOTEL FLÓRIDA.

Como aconteceu anos atrás, bem na frente do prédio demolido, estava aquele que durante décadas foi o Externato Santa Terezinha, uma extensão do Colégio Santos Anjos e que foi Jardim de Infância.

Propriedade da Diocese de União da Vitória, o prédio do Externato, que serviu também como livraria com obras literárias católicas, foi demolido e deu lugar a um moderno edifício, que conta inclusive com elevador panorâmico.

Negar que esses prédios – Externato Santa Terezinha e do Hotel Flórida – não fossem tombados pelo patrimônio histórico e preservados, seria uma idiotice da minha parte, porque sempre defendi a preservação do nosso patrimônio histórico.

E tenho como para contar, principalmente sobre os processos de tombamento dos prédios do Castelinho, Estação Ferroviária ‘União’ e do Grupo Escoteiro Iguaçu.

Mas não posso criticar os objetivos para os quais foram demolidos alguns prédios, principalmente o Hotel Flórida, porque é propriedade particular e a preservação do imóvel deveria partir do Poder Público, com a justa indenização aos seus legítimos proprietários.

Problema idêntico ocorreu já no início do século 21, foi a demolição de um dos mais importantes prédios de nossas cidades, localizado bem na divisa dos dois municípios e estados: construído pela família Cleto, uma das principais responsáveis pela consolidação da cidade de União da Vitória, após a definição de limites dos estados do Paraná e Santa Catarina, em outubro de 1916 e a instalação do município catarinense de Porto União em 5 de setembro de 1917.

De propriedade particular, prédio que muitas gerações conheceu como a ‘Livraria Cleto’, por questão até de extremos problemas de saúde da família proprietária, foi vendido, demolido e seu espaço ocupado por um prédio moderno, com um estilo arrojado, sendo ocupado por uma das filiações da grande rede das lojas Americanas, que curiosamente passam por problemas sérios de gestão.

Proprietários destes imóveis, que poderiam ser preservados, mas que iniciativas do Poder Público deixaram de ser tomadas, não podem ser responsabilizados. Agiram em defesa própria.

Mas ainda temos imóveis que podem ser preservados, desde que, nossos ‘laboriosos’ representantes no Legislativo e no Executivo – a maioria, infelizmente, carentes de conhecimento e sensibilidade sobre nossa história – se preocupem com a preservação de tudo aquilo que diz respeito à nossa memória, história e patrimônio Público.

PRINCIPALMENTE COM O PRÉDIO QUE SERVIU COMO SEDE DA PREFEITURA MUNICIPAL, NA PRAÇA CORONEL AMAZONAS, QUE FOI CONSTRUÍDO NA GESTÃO DO PREFEITO JOSÉ CLETO DE 1947 A 1951.

José Cleto, com certeza, no estágio em se encontra espiritualmente, não deve estar nada satisfeito com o que está acontecendo com aquele prédio…

 

 

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