O “obelisco”,o “trambolho” e a campanha eleitoral de 1968 em União da Vitória

Na campanha para a sucessão do saudoso prefeito Domício Scaramella, em 1968, estavam na disputa, pela ARENA, Tancredo Benghi, Dirceu Marés de Souza e Farid Guérios, que já tinha sido prefeito.

E pelo MDB, partido do prefeito Domício Scaramella, Alcides Fernandes Luiz e Ivaldo Thomasi.

Pelas regras da legislação eleitoral em vigor, conquistaria a vaga de prefeito o candidato mais votado da coligação de um dos partidos – ARENA ou MDB.

O engenheiro Tancredo Benghi, dirigente regional do DER na região, que teve como companheiro a vice o saudoso médico Lauro Muller Soares, na soma geral, somando os votos de Farid Guérios e Dirceu Marés de Souza, foi declarado prefeito, apesar de Ivaldo Thomasi ter tido cerca de 300 votos a mais que ele. Mas eram as regras da legislação eleitoral.

Foi uma eleição disputada num clima de absoluto respeito entre os candidatos, com Tancredo Benghi contando com o apoio da extinta Rádio União e Ivaldo Thomasi da Rádio Colmeia.

Mas teve alguns lances curiosos e até engraçados, como o caso do “obelisco” (foto) na frente do prédio do fórum da Comarca, atualmente ocupado pela Câmara de Vereadores.

Os lances curiosos foram por conta de Tancredo que afirmava na Rádio União que ia, se eleito, mandar arrancar o “obelisco”, que ele chamava de “trambolho”.

Já o prefeito Domício Scaramella, na Rádio Colmeia, falando em nome de Ivaldo, não deixou por menos e desafiou Benghi a vencer a eleição e arrancar o “obelisco”, que tinha anúncios de várias empresas.

Tancredo, na soma geral dos votos da ARENA, conquistou o cargo e um de seus primeiros atos foi mandar demolir aquilo que ele denominou de “trambolho”.

Com Lauro Muller Soares, Tancredo governou União da Vitória até o final de 1972. E foi nesse pleito, que Alcides Fernandes, com Domício Scaramella, que era então deputado estadual, foi eleito prefeito. E Fernandes teve um segundo mandato, de 1983 a 1988, com Hilário Clivatti como seu vice.

Antes, de 1977 a 1982,  Gilberto Francisco Brittes, eleito vereador em 1972, foi eleito prefeito com 26 anos de idade, nas mesmas condições de Tancredo Benghi: a soma de três candidatos da ARENA e, evidentemente, como Tancredo, por ter obtido pela Arena a maior votação.

Aquilo que nós denominados como “obelisco” e Tancredo Benghi como “trambolho”, estava bem na frente do prédio do prédio do Poder Legislativo (antigo fórum da Comarca) e do Externato Santa Terezinha, que era uma extensão (Jardim de Infância) do Colégio Santos Anjos.

A maioria das pessoas envolvidas naquele democrático evento eleitoral democrático já são de saudosa memória.

  

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