Homens de 36 a 55 anos são a maioria entre os golpistas presos

10 dias depois da invasão de golpistas aos prédios principais dos três poderes da República, segue crescendo o número de presos decorrentes das investigações e das audiências de custódia dos detidos nos ataques e alvos das operações policiais que localizaram outros envolvidos que conseguiram escapar. Entre os detentos, o perfil foge do estereótipo moldado para tentar amenizar os apoiadores de um golpe militar. Os criminosos não são aposentados, velhinhas e velhinhas influenciados por grupos de Whatsapp. A maioria é formada por homens em plena idade de trabalho.

O eleitorado idoso é uma das principais marcas do bolsonarismo, que chegou a realizar campanhas específicas para esse público nas eleições. No planejamento dos atos golpistas, esse grupo acabou servindo de fachada para dar um ar de inocência ao que, na verdade, era bem mais grave. A propagação da falsa ideia de que a maioria dos participantes era idosa foi explorada mesmo pelos organizadores.

Todos os levantamentos realizados desde o início da divulgação oficial de detentos após os atos, porém, demonstram que o estereótipo de saudosista idoso da ditadura militar não condiz com a realidade dos verdadeiros golpistas. O Congresso em Foco analisou os dados da última listagem do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Seap), atualizada na segunda-feira (16). Eles revelam que o grupo dominante entre os golpistas é outro: dos 1.385 presos, 570 são homens entre 36 e 55 anos. Isso é mais do que a soma de todos os 333 homens das demais idades.

(CONGRESSO EM FOCO).

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