Bolsonaro precisa colocar um ponto final em manifestação golpista em Santa Catarina
———(ALTAIR MAGAGNAN/ND+)————-
Em Santa Catarina, o presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu de maneira esmagadora, com quase 70% dos votos sobre o presidente eleito Lula (PT). No dia seguinte ao resultado das eleições, essa grande maioria de catarinenses procurou sair de casa para trabalhar e tocar a sua vida.
Infelizmente, muitos estão sendo cerceados em seu direito de ir e vir por uma minoria ruidosa e pouco produtiva para o momento em que vivemos.
Não é por meio de um golpe de Estado ou uma intervenção alheia à democracia que o país e, consequentemente, Santa Catarina, se livrarão das mazelas que estão impostas.
Diante deste cenário, falta o presidente Jair Bolsonaro vir a público reconhecer o resultado das eleições e promover uma transição republicana e pacífica. É preciso reunificar o Brasil.
ALIADOS JÁ ADMITIRAM O RESULTADO
No âmbito político, não há sustentação para o silêncio de Jair Bolsonaro e para a escalada golpista nas ruas.
Expoente bolsonarista, a deputada federal de São Paulo, Carla Zambelli (PL), prometeu ser “a maior oposição que Lula jamais imaginou ter”, reconhecendo o resultado eleitoral. O deputado federal eleito e ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falou em “pacificação” e “serenidade”.
Herdeiro político de Bolsonaro, o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), falou em “pensar no futuro”. Governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se disse “aberto ao diálogo”. Tarcísio e Zema já começaram a cobrar apoio da União para seus Estados.
Ex-ministro e ex-juiz, o senador eleito Sergio Moro afirmou que “o resultado de uma eleição não pode superar o dever de responsabilidade com o Brasil” e que estará na “oposição”, “respeitando a vontade” dos eleitores.
FORÇAS DE SEGURANÇA PRECISAM CUMPRIR SEU PAPEL
A cada hora, a baderna só aumenta. Pneus queimados, crianças e idosos sofrendo em filas, pessoas sem o direito de seguir o seu caminho.
Na mesma página da PRF os cidadãos questionam sobre uma resposta firme e imediata diante da escalada golpista nas estradas. Essa mesma PRF que fez abordagens além do previsto em lei no dia da eleição.
É fundamental que seja colocado um ponto final neste tipo de manifestação, sob pena de prejuízos maiores e até mesmo incalculáveis para a sociedade catarinense e brasileira, que só quer seguir em frente.