A derrota de importantes líderes no pleito de 02 de outubro, como a família Amin em Santa Catarina

O primeiro turno das eleições gerais de 2022, realizado neste domingo (2), trouxe a vitória de muitos novatos no Congresso Nacional, a exemplo da ex-ministra Damares Alves (Republicanos), eleita senadora pelo Distrito Federal, e do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), eleito senador pelo Paraná.

No entanto, diversos políticos relevantes na trajetória recente do país não tiveram sucesso nas urnas. Figuras como o senador José Serra (PSDB) e o ex-senador Romero Jucá não conseguiram o número necessário de votos e ficaram sem mandato.

FERNANDO COLLOR

O senador Fernando Collor (PTB-AL) é um desses casos. Após 16 anos como parlamentar, o ex-presidente da República ficou em 3º lugar na disputa ao Governo de Alagoas. Com 14,71% dos votos válidos, Collor foi derrotado por Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União Brasil), que vão para o segundo turno.

FAMÍLIA AMIN

Em Santa Catarina a eleição de 2022 não foi nada favorável à família Amin. Esperidião (pai) não conseguiu, como candidato a governador, nem o segundo turno, apesar de ser senador e ainda ter quatro anos de mandato. Angela (esposa) não conseguiu à reeleição para mais um mandato na Câmara Federal. E João (filho)  não conseguiu à reeleição para mais quatro anos na Assembleia Legislativa.

Esperidião foi prefeito nomeado de Florianópolis durante o regime militar, deputado federal, duas vezes governador e duas vezes senador. Na sua primeira gestão como governador iniciou e inaugurou o asfaltamento do trecho da BR-280 que liga Porto União a Canoinhas.

REQUIÃO, ALVARO E BUENO

No Paraná, o pleito de 2022 foi fatal para a ‘aposentadoria’ de nomes que foram importantes, como Roberto Requião (que foi secretário de estado, deputado, prefeito de Curitiba, três vezes governador e duas vezes senador), Alvaro Dias (que foi vereador em Londrina, deputado federal, governador e três vezes senador) e Rubens Bueno (que esteve décadas nos legislativos estadual e federal e chegou a ser cogitado para concorrer ao Governo do Estado).

Tanto de Santa Catarina (família Amin) como do Paraná, existem dezenas de outros políticos históricos que receberam do eleitorado no último pleito ‘a certidão da aposentadoria na vida pública’. Mas quem garante que em pleitos futuros procurem retornar.

JOICE HASSELAMNN

Faz parte desse grupo também a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB). Na última eleição, em 2018, a jornalista foi a deputada federal mais votada do país, com mais de 1 milhão de votos. No entanto, na tentativa de reeleição neste ano, ela recebeu cerca de 14 mil votos e ficou de fora.

JOSÉ SERRA

Após dois mandatos na Casa, o senador José Serra (PSDB) obteve 88.926 votos na disputa por uma vaga à Câmara dos Deputados. Duas vezes candidato à Presidência da República, o atual senador, de 80 anos, não conseguiu se manter no Congresso.

EDUARDO CUNHA

Seis anos após ter seu mandato cassado, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PTB) voltou a se candidatar em busca de uma vaga para deputado federal por São Paulo. Ele obteve apenas 5.044 votos e não foi eleito.

ROMERO JUCÁ

O ex-senador Romero Jucá (MDB) é mais um da lista dos que não conseguiram se eleger. Com pouco mais de 91 mil votos, o ex-ministro perdeu a disputa ao Senado em Roraima para Dr. Hiran (PP), que obteve 118.170. Jucá foi senador por três mandatos e tentava voltar ao cargo que ocupou por 24 anos.

JANAÍNA PASCHOAL

Com pouco mais de 2% dos votos, a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB-SP) ficou em quarto lugar na eleição para o Senado por São Paulo e não conseguiu se eleger. Em 2018, ela obteve uma votação histórica, com mais de 2 milhões de votos.

KÁTIA ABREU

Depois de 16 anos no Senado, Kátia Abreu (PP) vai deixar a Casa após ser derrotada pela candidata Professora Dorinha (União Brasil). Na tentativa de um terceiro mandato, a ex-ministra da Agricultura teve 18,5% dos votos válidos.

MÁRCIO FRANÇA

Favorito nas pesquisas para o Senado, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) foi derrotado pelo ex-ministro Marcos Pontes (PL). O pessebista, que também já foi deputado federal, ficou em 2º lugar, com 36,27% dos votos.

ALEXANDRE FROTA

Eleito com mais de 155 mil votos em 2018, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) se lançou à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em busca de uma vaga. Com pouco mais de 24 mil votos, não conseguiu se eleger.

(Com informações do R7).

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