Acabou o ‘amor de verão’ entre o prefeito de Criciúma e o governador Carlos Moisés
———( João Paulo Messes/ND+)……….
Muito vivo na memória, especialmente dos criciumenses, que quando o governador Carlos Moisés assumiu em 2019 enfrentou o prefeito Clésio Salvaro em brigas públicas. Só depois de dois anos as relações trocaram as farpas por juras de amor que tiveram o ápice quando Criciúma passou a ser contemplada com uma verba atrás da outra. Parece que todo este “carinho” está prestes a cair por terra.
Se no início o prefeito acusou o governador de tentar retirar de Criciúma a sede da gerência regional da Celesc e da Epagri, além de ameaças de rompimento do contrato da cidade com a Casan, as relações ficaram tão estreitas que antes da campanha eleitoral iniciar Salvaro dava mostras de que seria um dos maiores cabos eleitorais de Moisés. O prefeito chegou a dizer nunca houve um governador tão municipalista.
Essa relação está prestes a implodir. Primeiro porque agora Clésio Salvaro caiu de cabeça na campanha de Esperidião Amin. Até então sem desdizer o que dissera sobre o tal “governador mais municipalista”. Acontece que nesta semana uma das obras financiadas pelo Estado parou por falta de recursos. Trata-se da construção do Canal Auxiliar ao rio Criciúma, que afeta a região dos hospitais e de uma das mais nobres da cidade.
A demora no Governo do Estado em esclarecer logo o que aconteceu permitiu que nesta terça-feira os discursos na Câmara de Vereadores e outros arredores do poder público municipal vendiam a tese de que o não pagamento de parcelas à execução da obra seja retaliação política por Salvaro apoiar Amin.
O fato é que a empresa não teria entregue as etapas previstas impedindo as medições e sem as medições de etapas conclusas o governo não tem como repassar outras parcelas. Ou ainda outra tese corrente é que houve demora na comunicação entre órgãos do Estado.
O que tem de fato é que a obra parou e o prefeito Clésio Salvaro passou a ser cobrado No final da tarde desta terça-feira (13) ele decidiu que nesta quarta-feira (14) vai anunciar que se o governo não tiver dinheiro para concluir a obra, a prefeitura tem. Será a gota inflamável.