MDB no do Estado; o descontentamento da vice; impeachment 3 contra o governador (…seu inferno astral…)

—–( Blog do jornalista Cláudio Prisco Paraíso)——-

Está confirmada para sábado a investidura de dois emedebistas no governo estadual. Dois deputados estaduais. Ambos do Oeste. Moacir Sopelsa (D), presidente da Assembleia, assumirá o governo de forma interina, e Romildo Titon (E), que responderá pela Secretaria de Agricultura.

São os dois mais longevos parlamentares da Alesc. Sopelsa está completando o sexto mandato e Titon, o sétimo. Consecutivos. Os dois também não concorrem ao pleito deste ano.

A força-tarefa emedebista não fica só no contexto administrativo. Entra, ainda, na seara partidária. Outro deputado, o federal Celso Maldaner, reassumiu o comando do Manda Brasa estadual, que estava a cargo do primeiro vice, Edinho Bez.

São três nomes do Oeste que se mobilizam em funções estratégicas para tentar trazer, efetivamente, o MDB à campanha reeleitoral de Moisés da Silva, algo que até agora não aconteceu.

Desrespeito

A vice-governadora Daniela Reinehr anunciou que se licenciou e não vai assumir o governo. Deixou claro, contudo, seu descontentamento. Ela sente-se, novamente, desrespeitada. Daniela não foi procurada por Moacir Sopelsa e muito menos pelo governador do Estado. Recebeu apenas uma comunicação formal da Casa Civil avisando-a de que haveria a transição governamental neste sábado!

Cabeça fria

Ela poderia simplesmente aparecer no sábado durante o ato eleitoral dos aliados e assumir o governo. Mas não o fará, apesar das pressões e também porque automaticamente se tornaria inelegível.

Impeachment

Sobrou, contudo, uma ameaça legislativa a esta troca de cortesias entre Moisés e o MDB. O deputado estadual Maurício Eskudlark vai assumir a presidência da Assembleia Legislativa. Assim como Daniela Reinehr, ele é do PL e aliado do senador Jorginho Mello, candidato ao governo catarinense.

Impeachment 3

Nada impede que o novo comandante da Alesc leia, o que significaria aceitar, um novo pedido de impeachment, que será protocolado nesta sexta-feira pelo PROS-SC. A minuta já está pronta. Acusa o chefe do Executivo estadual de suposto abuso de poder econômico e político durante a pré-campanha eleitoral.

Lê, Maurício

Eskudlark já está sendo pressionado por Jorginho Mello nesta direção. Mas, mesmo que o parlamentar não aceite o novo processo, só a simples notícia de que há mais um pedido de impedimento do governador rondando a Alesc já gera desgaste.

Que fase!

Somando tudo, temos que o atual governador vive, novamente, um inferno astral. Ocasionado por sucessões e sucessões de erros políticos. O principal deles: dar de ombros para os ensinamentos políticos que a história recente de Santa Catarina e do país oferecem.

Com o fígado

Moisés quebrou a ponte, frágil, que tinha com Jair Bolsonaro. Afastou-se das bandeiras e promessas conservadoras da campanha de 2018; vive um flerte “eterno” com o MDB (partido ao qual não teve coragem de se filiar), que ainda não virou aliança na ponta; vive cercado por neófitos e bajuladores que nada ou pouco acrescentam do ponto de vista eleitoral.

Esse é o resumo, grosso modo, da situação a 30 dias das eleições.

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