As equivocadas estratégias do governador Carlos Moisés
——Moacir Pereira—-
Num primeiro momento, a estratégia montada pelo governador Carlos Moisés, optando pela filiação no Republicanos, foi encarada como inteligente e com perspectivas eleitorais animadoras.
Inscrito num pequeno partido, tinha a pretensão de liderar uma forte coligação. Chegou a sonhar com a presença do MDB, do PSDB e até do Progressistas.
Das três grandes legendas, o governador levou apenas o MDB e, mesmo assim, rachado. Foi aconselhado a rifar o nome de Antídio Lunelli, já consagrado nas prévias por resolução da Executiva Estadual. Vetou o ex-prefeito de Jaraguá do Sul e escolheu o empresário Udo Döhler, rachando o MDB. Os efeitos não somam. Seguidores de Lunelli já fulminam Udo Döhler, equiparando-o a Judas, entre outras virtudes nada alentadoras. Döhler jurou fidelidade a Lunelli e garantiu que ele seria o candidato do MDB ao governo.
Na sequência, o governador Moisés praticou outro gesto considerado ingênuo e desconcertante. Ofereceu ao PSDB a suplência di Senado, proposta refugada com veementes discursos na Convenção.
Para completar um período de vacas magras, sua assessoria divulgou que o prefeito de Balneário Camboriú, Fabricio Oliveira, do Podemos, tinha manifestado apoio a Carlos Moisés. A deputada Paulinha, uma das estrategistas de Moisés, apressou-se em oxigenar a versão.
O prefeito Fabricio Oliveira emitiu nota dizendo que a versão era fantasiosa e que só tratou com o governador da situação do Hospital Ruth Cardoso, de Balneário Camboriú.