Juiz Carlos Mattioli com as crianças do bairro Bom Jesus de União da Vitória

Para alunos da Escola Municipal Padre Jacinto Pasin, com idades entre oito a onze anos, o magistrado abordou quatro temáticas centrais relativas às violências praticadas contra crianças. Física, psicológica, sexual e bullying perfazem os tipos de ações violentas envolvendo essa faixa etária. Ampliando, ainda, para questões familiares, Carlos Mattioli colocou seu trabalho à disposição da instituição de ensino e sociedade.

De forma bem simples, o juiz mencionou os tipos de agressões existentes contra crianças, dialogando e interagindo com os alunos. Se sobressaindo violência física, onde ficam marcas visíveis no corpo quando são vítimas dessa atitude condenável e passível de penalização por meio da legislação vigente. Até porque crianças e adolescentes devem ser tratadas com prioridade, conforme a lei brasileira.

“A violência psicológica, muitas vezes não machuca o corpo. Não dói no corpo, não deixa marcas, mas ela machuca a mente”, frisou Mattioli. Da mesma forma, o magistrado mencionou a violência sexual, destacando de que “ninguém pode tocar o corpo de uma criança”. Apenas o pai, a mãe ou responsável quando necessário auxiliar numa troca de roupa, por exemplo. Muito menos “pedir para ficar sem roupas”, observou.

Infelizmente quase 90% dos casos de violência sexual tem ligações familiares ou de pessoas próximas da família, segundo o juiz. Disso a preocupação de Mattioli para identificar, coibir e principalmente proteger as crianças desse tipo de crime, o abuso sexual. Mesma ação frente ao bullying, recorrente de ambientes escolares. Desde agressões verbais até físicas, necessitam de relato e acolhimento.

Após a fala para os alunos da Escola Municipal de União da Vitória, o magistrado e equipe, com colaboradoras do setor de psicologia, conversaram individualmente com crianças interessadas em dialogar sobre questões pessoais. Casos de violência ou mesmo conflitos familiares ou de pessoas próximas entram nesse radar do judiciário. “Estendemos a mão para ouvir, acolher e cumprir nosso papel”, detalha o juiz.

Uma das prerrogativas citadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é de agir dentro do campo da prevenção. Disso a realização de palestras, saindo literalmente do gabinete, e abrindo esse diálogo para receber demandas ligadas ao trabalho do judiciário. “Também as questões de cidadania e bem-estar. Estamos, junto da equipe, atuando pelo CEJUSC para acolher as pessoas e buscar resolutividade”, completa Mattioli.(Texto e foto da assessoria do CEJUSC).

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