Antíbio Lunelli desiste e a história se repete
- MOACIR PEREIRA —-
- O empresário Antídio Lunelli proclamou e reiterou que as bases do MDB não abriam mão de candidatura própria ao governo. Teve, sempre, o respaldo do presidente estadual, Celso Maldaner, enfatizando que a posição era inarredável.
Em vários pronunciamentos, enfrentou a bancada estadual do MDB, dizendo que os deputados tinham sido cooptados pelo governador com a transferência de recursos financeiros estaduais, operação apelidada de “show do milhão”. Acusou, também, o governador de ter comprado os prefeitos do partido com o Plano 1.000.
Lunelli e Maldaner bradaram que a candidatura era inarredável. Lunelli anunciou que será vice-governador na chapa de Carlos Moisés e Maldaner poderá ser oficializado como candidato ao senado na reunião da próxima segunda-feira, dia 27 de junho.
A história se repete. Na primeira gestão do governo Luiz Henrique, o então prefeito de Lages, Raimundo Colombo, foi seu crítico mais severo. Na TV, os comerciais do PFL exibiam cabides, com disparos contra os “cabides de emprego do MDB de Luiz Henrique”. Vieram as eleições de 2006 e Colombo virou senador apoiado por Luiz Henrique e pelo MDB.
No pleito de 2010, o MDB realizou prévias. Eduardo Pinho Moreira saiu vitorioso, derrotando Dário Berger, numa campanha que mobilizou o partido em todo o Estado. Na véspera das convenções, Eduardo Moreira virou vice de Colombo e o MDB elegeu governador o candidato do PFL.
O MDB ficou sem candidato, outra vez apesar das prévias. Como reagirão as bases e o eleitorado, respostas nas urnas dia 2 de outubro.