Pelé faz apelo a Wladimir Putin e pede o fim da guerra na Ucrânia
Pelé publicou em suas redes sociais uma carta em que faz um apelo a Vladimir Putin, presidente da Rússia, para que o chefe de Estado encerre a guerra contra a Ucrânia, que já soma mais de 4.000 mortos entre vítimas inocentes e soldados de ambas as nações.
O Rei do Futebol lembrou a partida da Ucrânia contra a Escócia, pela repescagem da Copa do Mundo para usar sua voz contra o que chama de um conflito “injustificável”, que não traz nada além de “dor, medo, terror e angústia”. Em campo, a seleção ucraniana venceu os escoceses por 3 a 1 e agora enfrenta o País de Gales no domingo (5).
Aos 81 anos, Pelé lembrou que já testemunhou diversos conflitos ao redor do mundo e que “não podemos regredir a esses tempos”. “Devemos evoluir. A guerra só existe para separar nações, e não há ideologia que justifique os mísseis que agora enterram sonhos de crianças, separam famílias e matam inocentes”, escreveu o ex-jogador.
Confira a carta na íntegra:
“Hoje a Ucrânia tenta esquecer, ao menos por 90 minutos, a tragédia que ainda acontece em seu país. Competir por uma vaga na Copa do Mundo já é uma tarefa difícil. E se torna quase impossível com tantas vidas em jogo.
Eu quero utilizar a partida de hoje como uma oportunidade de fazer um pedido: pare com essa invasão. Não existem argumentos que justifiquem a violência. Este conflito, assim como todos os outros, é perverso, injustificável e não traz nada além de dor, medo, terror e angústia. Não há razão para que ele perdure ainda mais tempo.
Quando nos conhecemos no passado e trocamos um grande sorriso acompanhado de um longo aperto de mão, era inimaginável que poderíamos um dia estar tão divididos quanto estamos hoje.
A guerra só existe para separar nações, e não há ideologia que justifique os mísseis que agora enterram sonhos de crianças, separam famílias e matam inocentes.
Eu já vivi oito décadas, nas quais testemunhei guerras e vi líderes bradando ódio em nome da segurança do próprio povo. Não podemos regredir a esses tempos. Devemos evoluir.
Anos atrás, eu prometi para mim mesmo que, enquanto eu conseguir, sempre levantarei minha voz a favor da paz. O poder de dar um fim a este conflito está nas suas mãos. As mesmas que apertei em Moscou no nosso último encontro, em 2017.” (R7).