Dário Berger e Gelson Merísio sobreviverão às mudanças radicais em 2022?

—- Moacir Pereira ——–

 

O verdadeiro bombardeio que o ex-governador Geraldo Alckmin recebeu no fim de semana por ter renegado o PSDB, filiando-se ao PSB para formar dobradinha com o ex-presidiário, reproduziram-se em Santa Catarina em relação às surpreendentes guinadas ideológicas e partidárias do ex-deputado Gelson Merísio e do senador Dário Berger.

Ambos sofrem pesadas restrições dos antigos eleitores, como registrado em ácidos comentários nas redes sociais.  A foto de Merísio ao lado de Lula até hoje não foi engolida por expressivo número de eleitores e apoiadores no PFL, no PSD e no PSDB, seus ex-partidos. Dário, também ex-PFL, ex-PSDB e ex-MDB, da mesma forma, sofre disparos políticos de antigos eleitores e partidários  por se aliar ao condenado em três instâncias judiciais, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Inexiste qualquer identidade ideológica entre eles e a esquerda brasileira. Ao contrário, fizeram carreira como adversários do petismo.

O último encontro promovido pelo PT, em Florianópolis, foi o melhor indicativo das resistências  aos dois sobre candidaturas majoritárias.

Históricos não admitem sequer analisar a hipótese da candidatura de Dário Berger a governador pela frente de esquerdas. O nome consensual é do ex-deputado Décio Lima. Tem mais afinidade com o candidato presidencial, é seu compadre e tem mais liderança. Dário Berger, ao contrário, é considerado “cristão novo” e sua experiência recente não o credenciaria.  Fez coligação com o PP e sua candidata Angela Amin ficou em quarto lugar, na disputa da Prefeitura da Capital,numa ostensiva rejeição ao projeto. Quatro anos antes, Angela Amin perdeu para Gean Loureiro por apenas 1.153 votos.  E com Merísio, a aversão não é diferente, sobretudo, pelas diferenças históricas e ideológicas.

O nome das esquerdas é Décio Lima e, por múltiplas razoes, ele será o candidato da frente de esquerdas em Santa Catarina.

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