Uma chapa de peso: Amin, Colombo e Pavan

—– CLÁUDIO PRISCO PARAÍSO ———-

Depois da cortina de fumaça estabelecida por aquela chapa tríplice aliança que nunca existiu, que foi uma nuvem passageira, uma articulação sem pé nem cabeça, agora começa a tomar forma uma composição de pesos pesados da política catarinense.

Se evoluir, poderá trazer ao jogo três ex-governadores. Trio que também já frequentou e frequenta o Senado.
Estamos falando de conversas que projetam uma chapa com PP (Esperidião Amin), PSD (Raimundo Colombo) e PSDB (Leonel Pavan).
Como a vida e a política são dinâmicas, caro leitor. Colombo e Pavan já estiveram numa mesma chapa majoritária. O primeiro elegeu-se senador e o segundo, vice-governador. Na cabeça estava Luiz Henrique da Silveira concorrendo à reeleição. Os três, vejam só, disputaram exatamente contra Esperidião Amin. Agora, 16 anos depois, podem estar todos juntos. Só trocaria o cabeça de chapa. Em vez do falecido LHS entraria o próprio Amin.

Xadrez pré-eleitoral

Esperidião Amin, registre-se, tem jogado direitinho nos bastidores. Ele saiu de cena há tempos, algo incomum em se tratando do senador. Neste meio tempo, ele convidou João Rodrigues para assinar ficha no PP; apoiou a articulação desastrada do mesmo Rodrigues, abrindo o PP para a sonhada filiação de Luciano Hang. Amin também foi a Chapecó homenagear o prefeito em sua festa de aniversário. Trocando em miúdos, o líder do PP praticou todos os gestos.

Costurando

Em outra frente, Amin e Raimundo Colombo têm conversado muito. Estiveram juntos em 2018, nas duas vagas ao Senado da composição que tinha Gelson Merisio concorrendo ao governo. Colombo ficou pelo caminho. O trio, registre-se, passa longe de qualquer ideia de renovação, mas como o último pleito trouxe um festival de novidades, e poucas agradaram, é possível haver um movimento de retorno à política tradicional. O cenário está aberto.

Posições

A ideia é lançar Amin ao governo, Pavan de vice e Raimundo Colombo novamente ao Senado. Ideologias e princípios programáticos, como se sabe, não tem qualquer relevância na política estadual. Resta novamente comprovado, mesmo que as articulações não evoluam para uma aliança neste caso.

Caminhos

Gean Loureiro, agora ex-prefeito, poderia ser um bom nome para vice no lugar de Pavan. Mas é da Grande Florianópolis, mesma região de Amin. Vale lembrar, ainda, que Angela Amin foi derrotada por Gean em 2020, derrota que deixou feridas que ainda estão abertas.
Gean precisa buscar outros caminhos, talvez uma composição com Jorginho Mello ou até mesmo com o MDB.

Efeito colateral

As presenças de Amin e de Gean em duas chapas majoritárias diferentes enfraqueceria, de quebra, o projeto do agora esquerdista Dário Berger.
Aliás, após a desistência de Luciano Hang, Dário está reavaliando o cenário. Pode tentar a reeleição ao Senado em vez de disputar o governo pela frente canhota de Santa Catarina. A conferir!

Filho 06

Jair Bolsonaro está apostando todas as fichas no ex-secretário nacional da Pesca, Jorge Seif, para o Senado em Santa Catarina. Tem dado declarações diárias enaltecendo o empresário. Há outros postulantes dentro do PL, mas a bênção presidencial, neste caso, soa como definitiva.

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