CNT mostra que são necessários mais de 2 bilhões e 300 milhões para recuperar as estradas federais de Santa Catarina

Um levantamento da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) mostra que as rodovias federais e alguns trechos das rodovias estaduais de Santa Catarina  precisam de R$ 2,3 bilhões para conservação, restauração e manutenção.

No entanto, a previsão de repasse da União para as estradas federais no Estado é bem inferior. O número é muito inferior à soma do que foi entregue para Santa Catarina nos últimos três anos, que totaliza R$ 1,3 bilhões.

Segundo levantamento da CNT, rodovias de Santa Catarina precisam de R$ 2,3 bilhões para reparos – Foto: Leo Munhoz/NDSegundo levantamento da CNT, rodovias de Santa Catarina precisam de R$ 2,3 bilhões para reparos – Foto: Leo Munhoz/ND

A entidade realiza levantamentos nas estradas do país desde 1995. Em Santa Catarina, são considerados 3.230 quilômetros de pavimento, que leva em conta sinalização, faixas e placas.

De acordo com o gerente executivo de estatística e pesquisa da CNT, Jefferson Silva, a deficiência na manutenção de qualidade nas rodovias de Santa Catarina é visível na série histórica.

Conforme dados citados por ele, 59% das estradas catarinenses apresentavam algum tipo de problema no relatório de 2014. Esse número saltou para 71,1% em 2021.

“É um raio-x negativo, se considerarmos também que o Estado tem 10% da sua malha rodoviária considerada em ruim ou péssima condição, com trechos destruídos ou com buracos muito fundos, quase intransitáveis”, complementa Jefferson Silva.

Quanto ao investimento do governo do Estado em rodovias federais, o profissional ressalta que esse tipo de medida costuma ocorrer “quando está em situação emergencial”, e é uma alternativa para encurtar prazos.

Ele afirma que a falta de manutenção tem impactos diretos no custo operacional e no desenvolvimento do Estado, cenário que seria bem diferente caso todas as rodovias operassem em plenas condições.

“Rodovias ruins, com buracos, com pouca manutenção, acabam onerando o transporte, deixando o frete mais caro, aumentando o gasto com combustível, por exemplo”.

“Como o Governo não tem se mostrado capaz de gerar investimento na rapidez exigida, uma alternativa é a realização de novas concessões, que seriam responsáveis pela manutenção e qualidade das estradas”, conclui Jefferson Silva.

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