Governador do Paraná libera R$ 450 milhões para obras em 284 municípios e fala do uso da máscara

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta terça-feira (22) a liberação de mais de R$ 450 milhões para a execução de obras em 284 municípios do Paraná. Com a contrapartida de alguns contratos pelas administrações municipais, o valor total alcança R$ 483 milhões.  Durante entrevista no evento, Ratinho Jr falou sobre a possibilidade o fim da exigência de máscaras em locais fechados. Hoje, faz seis dias do decreto que flexibilizou o uso de máscaras ao ar livre. “Não foi percebido um aumento de infectados pela Covid durante esse tempo, mas a secretaria  de Saúde leva de 10 a 12 dias para ver a questão de curva de infectados. Estamos torcendo e monitorando. Mas por enquanto é um bom sinal para que a gente possa liberar as máscaras em locais fechados, a partir da semana que vem”, afirmou ele.

O último boletim, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na segunda (21),  foram mais 841 casos confirmados e cinco mortes — não necessariamente representam a notificação das últimas 24 horas — em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus.. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.387.088 casos confirmados e 42.573 mortos pela doença.

Algumas entidades já se posicionaram contra o fim da obrigatoriedade de máscaras em espaços fechados. Uma delas é o Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes), que considera a medida precoce.  “No ensino superior privado de Curitiba e Região Metropolitana, por exemplo, milhares de estudantes e cerca de cinco mil professores e professoras voltaram às salas de aula no último mês de fevereiro. Em muitas instituições de ensino superior, como é de conhecimento do Sinpes, há turmas com mais de 40 alunos/as. Desobrigar o uso de máscaras nestes ambientes, a exemplo de outros como o transporte público, pode, como diversos especialistas (e alguns governadores) têm afirmado, levar a uma explosão de casos, colocando em risco grande parte da população. É importante lembrar também que a Covid-19 ainda mata centenas de pessoas por dia no Brasil. Ao todo, morreram mais de 656 mil pessoas no país em decorrência da doença”, diz nota da entidade, encaminhada à imprensa.

Entre os dias 31 de janeiro e 4 de fevereiro, o Sinpes realizou uma consulta online com a comunidade acadêmica do ensino superior privado de Curitiba e Região Metropolitana. O objetivo da pesquisa foi questionar professores, alunose outros trabalhadores das instituições de ensino superior sobre a obrigatoriedade do Passaporte da Vacina para o retorno das aulas presenciais. Embora a grande maioria aprove a exigência do passaporte, na prática não se têm notícia do mesmo ter sido solicitado por nenhuma das instituições de ensino particulares de Curitiba e da Região Metropolitana. O sindicato ainda questionou os participantes sobre quantos estavam completamente imunizados/as contra a Covid-19. Apenas 42,5% do total respondeu que tinha tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19 mais a dose de reforço; 29% respondeu que tomou as duas doses; 25% apenas uma dose e 2,5% não se vacinou. “Além disso, há diversas preocupações em torno da subvariante da ômicron (BA.2) e da variante “deltacron” (apelido dado à nova linhagem AY.4/BA.1) e do aumento de infecções em localidades da Ásia e da Europa, como Hong Kong, China, Alemanha, França e Reino Unido”, afirma o Sinpes na nota.

Vacinação

Com o novo cenário da flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos no Paraná, a vacinação contra a Covid-19, organizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná e pelas 399 secretarias municipais, ganha um papel ainda mais importante. Quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa, com duas doses ou a dose única, mas muitos paranaenses acima de 18 anos não compareceram ainda aos postos de saúde para a aplicação da dose de reforço, que aumenta a quantidade de anticorpos contra o vírus.

Um levantamento realizado pela Sesa nesta segunda-feira (21) mostra que 3.862.627 pessoas tomaram a primeira e segunda doses (esquema primário completo) e por algum motivo não especificado não retornaram para a dose de reforço no prazo recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). Os dados são da Interface de Programação de Aplicações (API) de Consumo de Dados contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e são mais fieis do que o Vacinômetro nacional porque refletem um cruzamento de CPFs, impedindo eventual duplicidade ou atraso na notificação.

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