Juiz Carlos Mattioli aborda direitos e proteção à mulher em dois eventos alusivos no dia 8 de março
Existe um aparato de atendimento em União da Vitória e região para acolher, entender o cenário e ajudar as mulheres. Mesmo sendo vítima de violência, muitas vezes sequer conhecem os meios legais de proteção e justiça para frear relacionamentos abusivos e sair de ambientes que colocam em risco até a própria vida. Conscientização sobre os direitos da mulher foi tema de duas falas do juiz Carlos Mattioli.
Na primeira, e por conta de 8 de março ser o dia Internacional da Mulher, o magistrado que responde pela Vara da Família e coordena o CEJUSC esteve no Hospital Regional São Camilo. Convidado pela instituição para explicar os meios existentes de ajuda, sobretudo para pôr fim a agressões e relacionamentos abusivos, exemplificou ações do judiciário, associados a projetos para valorizar e respeitar as mulheres.
Muitas passam anos, décadas e vidas inteiras refém de maridos e companheiros violentos. Na maioria das vezes por dependência econômica, emocional e outras por não saberem formas de procurar ajuda corretamente, diante dos direitos garantidos e proteção. O CEJUSC tem uma estrutura de acolhimento e auxílio psicológico para reparar consequências da violência em vítimas, somado ao trabalho protetivo do judiciário.
Sair de um relacionamento abusivo depende, muitas vezes, de apoio. Logo a importância de conscientizar acerca dos direitos e valores da mulher na sociedade. Vestido com a camiseta escrito: ‘Lute como uma Mulher’, Carlos Mattioli repassou orientações às servidoras do Hospital São Camilo. “O que se espera do homem é que ele promova a defesa da mulher”, frisou.
Direitos, empoderamento e emancipação da mulher na sociedade, perfizeram a outra fala dirigida à formação pedagógica do município de União da Vitória. Palestrando para público, em sua maioria professoras, o juiz foi incisivo em defender o trabalho efetivo para detectar os abusos existentes dentro do ambiente familiar e suas consequências negativas na aprendizagem dos estudantes.
Por ter um espaço, com profissionais da secretaria de Educação diretamente vinculados ao magistrado e presente no Fórum da Vara da Família a parceria com a prefeitura de União da Vitória, facilita a articulação e prevenção de violência ou detecção mais rápida. Carlos Mattioli frisou de que todo abuso, seja ele físico, sexual ou psicológico, em ambiente familiar ou escolar, precisa ser coibido.
A relação entre professores e alunos por detectar até um choro ou estado triste, pode ser indício de algum tipo violência, que precisa ser observado e devendo ser relatado para investigar e atuar, pela justiça, se necessário. Nesse contexto, o juiz ressaltou diversas outras ações realizadas pelo seu trabalho, junto do CEJUSC no sentido de oferecer ajuda. “São 38 projetos”, relatou. Colocando o aparato de trabalho à disposição dos professores. Bem como, às mulheres do São Camilo. (Texto e foto da Assessoria do CEJUSC).