O cenário nebuloso e o futuro da política em Santa Catarina
(* Moacir Pereira….)
O atual cenário político catarinense não tem precedentes se a análise focalizar a situação dos partidos. Os principais atravessam crises de identidade ideológica e enfrentam cisões internas.
O caso do MDB é o mais emblemático, mergulhado numa crise de consequências imprevisíveis. O prefeito Antidio Lunelli, proclamado candidato a governador, fez nova declaração a todos os líderes e filiados pregando unidade para consolidar o projeto. Mas sofre oposição da bancada e dos ex-governadores.
No PSD, Raimundo Colombo não consegue selar sua candidatura ao governo pelos movimentos dissidentes, uns apoiando Carlos Moisés e outros optando por Gean Loureiro. O PSDB é o mais fragilizado neste momento. O PP tem deputados pró-Moisés e outros contra. E por aí vai.
Moisés prefere filiar-se ao MDB, mas o MDB dividido tem as bases contra esta alternativa. O Avante não tem expressão no Estado. Tentou cooptar o Republicanos em Brasilia, mas não teve sucesso. Agora, as conversações visam inscrição no Podemos, que também está dividido sobre a hipótese de sua filiação.
Indefinições que acabam debilitando seu projeto para 2022.
(* Moacir Pereira é um dos mais importantes analistas da política catarinense).