Momentos inesquecíveis da nossa história

A foto arquivada por Ricardo Mrosk registra uma solenidade realizada nas primeiras gestões – 1973/1976 – dos prefeitos Alcides Fernandes Luiz (União da Vitória) e Alexandre Passos Puzyna (Porto União), realizada pelo 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado (5º BECMB), comandada pelo ten-cel. Dirceu Ribas Corrêa, um oficial patriota, íntegro e que tinha um envolvimento marcante na comunidade de Porto União/União da Vitória.

Foi, não me lembro exatamente o motivo do evento, mas provavelmente estava ligado à Semana da Pátria, aniversário de União da Vitória ou da própria instituição militar, mas era uma exposição dos equipamentos da Unidade do Exército sediada em Porto União.

No ato de abertura da exposição, a quase meio século atrás, na Praça Coronel Amazonas, (‘O Altar da Pátria’ assim denominado pelo prefeito José Cleto que governou União da Vitória de 1947/1951 e a construiu, ainda com o mapa do Brasil intacto), com exceção do autor deste registro, já não estão mais entre nós os prefeitos Alexandre Puzyna, Alcides Fernandes Luiz, o ten-cel. Dirceu Ribas Corrêa e o vereador de Porto União João Maria Olinger.

Alcides Fernandes Luiz voltou à Prefeitura de União da Vitória em 1982, naquela eleição do voto ‘casado’, pois só valiam os conferidos a candidatos do mesmo partido: vereador, deputado estadual, federal e a governador. Ou votava em candidatos da ARENA, do MDB, em branco, ou anulava.

Até então os governadores eram eleitos indiretamente por colégios eleitorais, integrados pelas Assembleias Legislativas e delegados de apenas dos dois partidos – ARENA e MDB.

No Paraná, em 1982, com larga margem de votos, venceu José Richa do MDB. Em Santa Catarina Esperidião Amin da ARENA, mas com uma margem bem reduzida para Jaison Barreto do MBD.

Já pelo MDB, Alexandre Passos Puzyna voltou à Prefeitura de Porto União também em 1983, igualmente para um mandato de seis anos, renunciando em 1986 para conquistar uma vaga na Câmara Federal como deputado constituinte, com seu mandato de prefeito sendo completado até dezembro de 1988 pelo vice-prefeito Ilário Sander.

Em 1990, Puzyna não conseguiu à reeleição para a Câmara Federal Federal, mesmo assim passando a integrar postos relevantes no comando do MDB catarinense.

Em 1996, também pelo MDB, tendo como companheiro de chapa a vice o atual prefeito Eliseu Mibach, Puzyna voltou ao comando da Prefeitura de Porto União. Porém, não completou seu mandato porque em dezembro de 1988 perdeu a vida em acidente na BR-476, assumindo o vice-prefeito Eliseu Mibach.

Promovido a coronel, Dirceu Ribas Correa, cuja passagem pelo comando da Unidade do Exército sediada em nossa cidade foi marcante, não somente pela extrema dedicação como comandante, mas por seu envolvimento em ações notadamente sociais, inclusive como membro ativo do Rotary Club.

Foi durante seu comando, que a seu convite, na condição de jornalista, claro ainda um pouco neófito, acompanhei durante mais de uma semana um trabalho social, cívico e patriótico realizado pelo 5º BE no município catarinense de Treze Tílias. Era o projeto ACISO (Ação Cívico e Social). Um trabalho fantástico que está registrado em páginas do jornal ‘O Comércio’.

Ainda coronel, Dirceu Ribas Correa foi o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Paraná. No período do regime militar, os comandantes das Polícias Militares de todos os estados do país eram coronéis do Exército. Foi também comandante do 2º Grupamento de Engenharia de Construção da 7ª Região e comandante do 4º Exército, atualmente Comando Militar da Região Sul.

Faleceu no ano passado em Curitiba, mas deixou um legado que jamais será esquecido por todos quantos tiveram a honra de conhecê-lo e conviver com ele.

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