Bolsonaro diz em sua Live que governadores e prefeitos usaram recursos para Covid-19 para pagar contas de suas gestões
Bolsonaro disse em sua Live que governadores e prefeitos desviaram recursos para enfrentamento da Covid-19 para quitar débitos de suas gestões.
Em sua Live desta quinta-feira (01), o presidente Jair Bolsonaro criticou, mais uma vez, a atuação de governadores para tentar conter a pandemia da covid-19 e acusou os líderes estaduais de desviarem recursos fornecidos pelo Executivo a ações de enfrentamento à doença a fim de quitar débitos das suas gestões.
“Dinheiro foi para estados e municípios, muito dinheiro, bilhões de reais, mas nós sabemos que muitos governadores e prefeitos usaram esses recursos para pagar folha atrasada, botar suas contas em dia, e não deram a devida atenção para a saúde no momento”, afirmou o presidente.
O mandatário disse ainda que o governo federal sempre fez a sua parte no combate ao novo coronavírus e que responsabilizar a sua gestão pelas mortes causadas pela doença “não é nada mais, nada menos do que má fé”. “Mortes, infelizmente, estão acontecendo. Mesmo que os governadores e prefeitos tivessem tomado as melhores medidas do mundo, nós saberíamos que as mortes ocorreriam”, acrescentou.
LOCKDOWNS
Bolsonaro voltou a reclamar das medidas que restringem a atividade do comércio e a circulação de pessoas como forma de evitar a disseminação do vírus. Mesmo com unidades de terapia intensiva (UTIs) superlotadas, ele frisou que isso não é justificativa para lockdowns. “No meu entender, isso está equivocado”, opinou Bolsonaro.
O presidente continuou as críticas ao apresentar reportagens de jornais da Argentina mostrando que a pobreza no país já afeta 19 milhões de pessoas em razão das medidas restritivas adotadas pelo governo local. “O Brasil está indo no mesmo caminho. Não sei o que se passa pela equipe de alguns governadores que mantêm essa política de fechar tudo”, comentou.
Vacinado por último
Bolsonaro disse, durante a live, que ainda decidirá se irá se vacinar contra covid-19, e que a decisão será tomada depois que toda a população brasileira for imunizada. “Está uma discussão agora se eu vou me vacinar ou não vou me vacinar. Eu vou decidir. O que eu acho? Eu já contraí o vírus. Depois que o último brasileiro for vacinado, se tiver sobrando uma vacina, daí eu vou decidir se me vacino ou não. Esse é o exemplo que um chefe tem que dar. Igual no quartel. Geralmente, o comandante é o último a se servir. É o que dá exemplo a todos”, afirmou.