Com a popularidade em queda, Bolsonaro confia no apoio da extrema direita

O presidente Jair Bolsonaro tem visto sua popularidade cair em meio à falta de planejamento para combater a pandemia da covid-19 e por causa da lentidão na imunização contra o vírus, que já provocou mais de 310 mil mortos. Mesmo assim, ele confia na recondução ao Planalto, em 2022, porque já conta com apoio de cerca de 30% do eleitorado, composto por radicais, evangélicos e antipetistas, conforme valiam especialistas.

Uma prova do abalo na popularidade de Bolsonaro vem das redes sociais, espaço que, em grande parte, o ajudou a chegar à Presidência da República. O pronunciamento em cadeia nacional, realizado na última semana para tentar melhorar a imagem, não convenceu, e as menções positivas ao presidente caíram. Mas, com a extrema direita, ele segue em alta e, por isso, não perde a oportunidade de afagar esse grupo.

Mesmo agora, sob pressão do Senado, Bolsonaro admite afastar do cargo o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, um dos representantes mais radicais no governo, mas busca uma saída honrosa para ele, com o objetivo de não desagradar à ala ideológica de apoiadores. Martins foi flagrado fazendo um gesto interpretado como sendo de supremacistas brancos, durante sessão de debates no Senado em que acompanhou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O próprio chanceler está na lista do Centrão para deixar o governo, mas o chefe do Planalto resiste em abrir mão dele, por ser um dos representantes da extrema direita no Executivo. (CB).

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