Situação da pandemia é tão grave em Joinville, que até ‘protocolo de guerra’ está sendo adotado
O número de casos aumenta a cada dia, os pacientes em estado grave se acumulam em uma fila de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Nesta quinta-feira (18), eram 82 pessoas aguardando um leito na região Norte, a segunda maior do Estado.
“Isso já era rotina em muito menor número e agora se torna uma questão de viabilidade para tentar salvar quem tem mais tempo de sobrevida. Não adianta vir aqui dizer que será utilizado nas próximas semanas, isso já está sendo feito”, diz.
O secretário ressalta que chegar ao ponto de precisar escolher quem receberá recursos e quem tem mais chance de viver mostra como a sociedade é imatura. “Mostra a nossa fragilidade enquanto sociedade, aplicamos uma medida de 50 contra e 50 a favor. É um momento difícil da nossa humanidade, reflete o nosso momento enquanto ser humano. Eu não consigo entrar na cabeça das pessoas, não consigo, vai além. Se as pessoas não se conscientizarem, não tem o que fazer”, salienta.
O protocolo já havia sido definido no ano passado após avaliação e discussão entre a AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência), SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) e ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos).
Além disso, conta Jean, o Estado deve validar, nos próximos dias, outros dois protocolos diferentes, um deles para ser utilizado nas UPAs e PAs.
O último boletim aponta que há, em Joinville, 163 pessoas internadas em leitos de UTI adulto e 185 em enfermaria. (Com informações do Jornal Notícias do Dia).