Novo decreto deve ser assinado pelo governador para conter o avanço da Covid-19 no Paraná

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), disse que está avaliando um novo decreto para conter o novo avanço da covid-19. Os números da doença pioraram nas duas últimas semanas e colocaram o Estado com o pior índice de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ontem, o secretário de Saúde Beto Preto afirmou que a situação é de colapso iminente.

Segundo o governador, houve relaxamento da população com as chegadas das primeiras doses das vacinas. Ele ressaltou que é fundamental que a população reforce as medidas sanitárias, como o uso da máscara, distanciamento social higiene das mãos com água e sabão ou álcool gel.

“Estamos estudando. A gente quer evitar que tenha algum tipo de prejuízo econômico. Temos buscado minimizar esse impacto, mas também temos que ter o cuidado de não deixar o sistema de saúde do estado colapsar. Com a chegada da vacina, em volume que não é suficiente, as pessoas deram uma relaxada. Acharam que a questão está resolvida”, disse Ratinho Junior em entrevista ao Meio Dia PR.

Duas das medidas avaliadas para o novo decreto se referem à ampliação do horário do toque de recolher (atualmente da 00h às 5h) e a suspensão das cirurgias eletivas.

De acordo com o último boletim, o Paraná tem 92% das UTIs ocupadas, acumulando 612.683 casos e 11.070 mortes por covid-19. A região que mais preocupa é a de Foz do Iguaçu, que tem taxa de ocupação em 97%. Dos 208 leitos existentes, restam apenas seis disponíveis.

Além disso, Ratinho Junior apontou que a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) identificou um maior número de jovens infectados com o vírus. Isso é visto como uma consequência das chegadas das novas variantes da covid-19.

“Algo que detectamos é que mais jovens estão sendo infectados e ficando mais tempo nos hospitais. O jovem geralmente tinha um quesito leve e agora essa nova cepa, do Amazonas e até de fora do Brasil, tem feito com que os jovens acabem ficando nas UTIs e demorando mais tempo de recuperação que os idosos”, completou Ratinho.

Por fim, o governador do Paraná ainda ressaltou a reunião por videochamada que teve com os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL). Ao lado dos secretários da Saúde, os estados do Sul tentam compartilhar experiências das gestões de enfrentamento à covid.

“Agora é compilar todas as informações para que os três governadores e secretários possam criar soluções em conjunto”, finalizou Ratinho.

 Paraná vai comprar vacinas se for autorizado, garante o governador.

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(Jonathan Campos/AEN)

Ratinho Junior ainda ressaltou que o Paraná está pronto se for possível adquirir vacinas contra covid-19 sem intermédio do governo federal. O Congresso Nacional tenta realizar ajustes normativos para que estados e municípios possam negociar lotes com farmacêuticas após a vacina da Pfizer ter aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o registro definitivo.

“Sem dúvidas. temos essa possibilidade. Acompanhei o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] dizendo que vai fazer um estudo para mudar a legislação brasileira. Havendo possibilidade, temos R$ 200 milhões em caixa para compra de vacinas”, encerrou o governador.

A expectativa do governo do Paraná é que 4 milhões de pessoas sejam vacinadas até maio. De acordo com o último balanço da Sesa, 271.275 paranaenses receberam a primeira dose e 37.697 pessoas já receberam as duas doses. (PARANÁPORTAL).

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