Governador do Paraná diz que espera receber 200 mil doses da vacina contra a Covid-19
O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), disse nesta quarta (17), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, que espera que o Ministério da Saúde encaminhe para o estado uma nova remessa de aproximadamente 200 mil doses de vacinas contra Covid-19 na próxima semana.
“Acredito que 200 mil doses, que dá 100 mil pessoas, porque acaba sendo duas doses para cada pessoa”, afirmou. Enquanto as novas doses não chegam, a vacinação corre risco de ser interrompida para novos públicos.
“A gente gostaria que fosse diferente, mas não tem vacina pro volume que o mundo precisa. Os laboratórios não têm dado conta da necessidade que o mundo precisa, que é urgente, mas tem chego. A gente acredita que na semana que vem chega mais um lote, uma vez que a Fiocruz e o Butantan já estão produzindo um volume relativamente grande e isso deve chegar a 10 milhões de doses para o país entre o fim de fevereiro e o começo de março”, disse o governador.
O Paraná recebeu 538.900 doses da Coronavac e da Oxford-Astrazeneca, o suficiente para imunizar pouco mais de 2% da população do estado. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), 266.874 doses tinham sido aplicadas até terça (16), sendo que 257.305 referentes à primeira dose e 9.569 à segunda aplicação. A última remessa, ao Estado foi de 147 mil doses da Coronavac, recebida em 7 de fevereiro.
Pressão dos prefeitos
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou nesta terça (16) nota na qual critica duramente a interrupção da vacinação contra Covid-19 e pede saída do Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “O movimento municipalista, por meio da Confederação Nacional de Municípios (CNM), vem a público, em nome dos gestores locais que assistem e vivem desesperadamente a angústia e o sofrimento da população que corre aos postos de saúde na busca de vacinas contra a Covid-19, manifestar sua indignação com a condução da crise sanitária pelo Ministério da Saúde e solicitar a troca de comando da pasta. A entidade tem acolhido relatos de prefeitas e prefeitos de várias partes de país, indicando a suspensão da vacinação dos grupos prioritários a partir desta semana, em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas pelo Ministério.”, diz a nota, assinada pelo presidente da CNM, Glademir Aroldi. Várias cidades já paralisaram a vacinação porque as doses chegaram ao fim.