Câmara Federal analisa na tarde desta quarta-feira (17) se o deputado Daniel Silveira deve continuar na preso

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informou nesta quarta-feira, 17, pelo Twitter que convocou para as 13h uma reunião da Mesa Diretora da Casa para tratar sobre a prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente Jair Bolsonaro. Logo depois, segundo Lira, o Colégio de Líderes também vai se reunir para discutir o assunto. Os deputados devem definir quando o caso será apreciado pelo plenário da Casa.

“Convoquei reunião extraordinária da Mesa para as 13h e na sequência, Colégio de Líderes. Vamos, em conjunto, avaliar e discutir a prisão do deputado Daniel Silveira”, escreveu Lira.

Silveira foi preso na noite de ontem, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após o parlamentar publicar um vídeo com apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5) da ditadura militar e com ataques e ofensas aos ministros da Corte. O artigo 53 da Constituição diz que, “desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável”, situação de Silveira, e “nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.

A legislação e o regimento não estipulam prazo para que a Câmara delibere sobre o assunto após ser notificada pelo Supremo, mas a expectativa é que a Casa resolva rápido e a sessão do plenário ocorra ainda hoje. Os deputados podem derrubar a ordem do Supremo com quórum de maioria simples.

Mais cedo, em entrevista à Rádio CBN, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que irá defender na reunião das 13h a abertura de processo no Conselho de Ética a Casa para apurar a conduta do deputado.

Processo

Preso na noite desta terça-feira (16) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) disse que a decisão que fundamentou a prisão é “louca”, e prometeu processar o ministro assim que deixar o cárcere. Silveira falou à reportagem do Estadão enquanto era levado para a Superintendência da Polícia Federal no centro do Rio de Janeiro (RJ).

Nesta manhã de quarta-feira, 17 de fevereiro, a defesa de Silveira publicou uma nota nas redes sociais.  A advogada Thainara Prado afirma que a prisão de seu cliente viola a imunidade e a liberdade de expressão do parlamentar. (Com conteúdo do jornal Estado de São Paulo e Bem Paraná).

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