Hussein Bakri, líder do Governo na ALEP, admitiu que o reinício das aulas previsto para o dia 18 pode ser adiado

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri (PSD), admitiu ontem que o Estado pode adiar a volta às aulas na rede pública de ensino, prevista para o próximo dia 18. Segundo ele, prefeitos tem reivindicado o adiamento por dificuldades com o transporte escolar. O assunto foi levantado durante discussão sobre o projeto do governo que pretende incluir a educação entre as atividades presenciais que devem funcionar mesmo durante a pandemia do Covid-19.

“Ninguém está sendo obrigado a nada. Tanto é verdade que já existe um movimento dos prefeitos pedindo para adiar um pouco essa volta (às aulas), e acho que é correto esse movimento”, afirmou Bakri. “Acho até que tem até uma tendência do governo de adiar essa volta presencial em função dos problemas do transporte escolar. Acho que é correto, eles têm razão. Esse argumento deles está bem fundamentado”, disse o líder governista.

Segundo Bakri, a decisão sobre adiar ou não a volta às aulas deve ser tomada nos próximos dias. “Acho que a tendência, nos próximos dias, é avançar a prorrogação dessa volta presencial. E tem que ter a grandeza de entender que, realmente, que os prefeitos, boa parte deles estão entrando com muitas dificuldades para acertar esse transporte escolar”, admitiu.

A APP-Sindicato, que representa professores e funcionários de escolas, é contra a voltas às aulas até que haja vacina para imunizar a população e os trabalhadores da área. Na semana passada, o Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT/Paraná) expediu recomendação ao secretário de Educação do estado do Paraná, Renato Feder, e à secretária municipal de Educação de Curitiba, Maria Silvia Bacila, para que seja reavaliada a decisão de retomada das aulas presenciais neste mês de fevereiro, tanto na rede pública, quanto na rede privada. De acordo com o MPT, a exposição dos profissionais de educação e dos estudantes a maior risco de contágio pela Covid-19 levará a um aumento dos casos e dos óbitos causados pela doença.

Em caso de opção pela manutenção do retorno às aulas presenciais em fevereiro, o MPT/Paraná recomenda uma série de medidas administrativas para garantir a proteção à saúde e aos demais direitos fundamentais dos profissionais de educação e demais trabalhadores das escolas, enquanto durar a pandemia de Covid-19. (AEN/Bem Paraná).

 

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