Embaixador da China diz que exportação dos insumos para vacinas é uma questão técnica e não política

O embaixador chinês disse que a autorização para exportação dos insumos da vacina se trata de uma questão técnica e não política. “As vacinas são uma arma para conter a pandemia e garantir a saúde do povo e não um instrumento político. A situação da pandemia ainda é incerta, haverá uma demanda urgente de longo prazo pela vacina. A parte chinesa está disposta a fazer comunicações com o governo federal e estadual apoiar a parceria entre a CoronaVac e o Butantan de maneira que a CoronaVac vai contribuir ainda mais para o combate a pandemia.”

“O Brasil é um país importante e parceiro de grande significado para a China. Mantemos uma relação amistosa tradicional entre os dois países, incluindo São Paulo, o maior estado do Brasil, que sempre manteve uma boa relação com a China. Priorizamos nosso relacionamento com a China e o estado de São Paulo e os avanços entre a Sinovac e o Instituto Butantan. Atualmente o Brasil é um dos países mais vacinados do mundo”, disse o embaixador. 

Ambos participaram de uma coletiva de imprensa com o governador do Estado de São Paulo, na manhã desta terça-feira (26), no Palácio dos Bandeirantes, para tratar sobre insumos para o desenvolvimento da CoronaVac. Doria agradeceu a China quando, no início da pandemia, pelo envio respiradores, monitores e equipamentos de proteção hospitalar aos hospitais de São Paulo.

Covas disse que a liberação dos insumos, sinalizada pelo embaixador chinês, deve ganhar celeridade com o registro do imunizantes na China. “A liberação desses lotes será muito rápida, começando pelos 5.400 litros que chegarão aqui dia 3 de fevereiro”, disse. Segundo ele, há ainda outro lote com o volume de 5.600 litros, totalizando 11 mil litros. Com isso, regularizaremos nossas entregas ao Ministério dentro do planejado até o final de abril referentes aos 40 milhões de doses contratadas até o momento. “Existe a possibilidade de um adicional de 54 milhões de doses, mas precisamos de uma sinalização do Ministério da Saúde.”

Segundo ele, na sexta-feira (22) um ofício foi enviado ao Ministério da Saúde para o planejamento da produção. “O quanto antes houver essa definição, o quanto antes iniciamos o planejamento e traremos essas vacinas para o Brasil.”

DISPUTA POLÍTICA

Em meio a uma disputa de narrativas entre o governo de São Paulo e o federal sobre quem foi o responsável para convencer a China a liberar os insumos para a fabricação da CoronaVac, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para comemorar o feito.

Praticamente um dia depois de a conta oficial de o Planalto divulgar, na integra, a carta do governo chinês confirmando o envio de insumos para a vacina contra a covid-19, o presidente postou um emoji (figura para demonstrar reações) com um aperto de mãos. (R7).

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