Eleições em Santa Catarina: Salvados e afogados

(* Moacir Pereira…….)

O resultado das eleições municipais costuma ser o fator de maior influência nas decisões das eleições estaduais nos dois anos seguintes. Na história catarinense, partidos que tem maior número de prefeituras com densidade eleitoral, musculatura partidária e militância, costumam viabilizar ali as conquistas majoritárias ao Governo e Senado. Esta tradição foi rompida apenas em 2018, como único ponto fora da curva, gerando instabilidade e graves problemas políticos e administrativos.

Por este motivo, os partidos e líderes já fazem cálculos sobre os vencedores e os derrotados. Saem fortalecidos Gean Loureiro, do DEM, pela vitória em Florianópolis; Clésio Salvaro, do PSDB, o campeão estadual em Criciúma; Antidio Lunelli, do MDB, pela reeleição tranquila em Jaraguá do Sul; Joares Ponticelli, do PP, vitória fácil em Tubarão; João Rodrigues, do PSD, com retorno triunfal em Chapecó; e Raimundo Colombo, o ex-governador que fez campanha em mais de 100 municípios e ganha força com as conquistas de seu partido.

Entre os perdedores, saem fragilizados a deputada federal Ângela Amin e senador Esperidião Amin, do PP, pela decepcionante votação na Capital; senador Dário Berger, do MDB, em fim de mandato, pelo fracasso da aliança com o PP de Amin; senador Jorginho Melo, que duplicou o número de prefeitos do PL, mas sem os resultados esperados nos médios e grandes municípios; Gelson Merísio, derrotado duplamente em Chapecó; e o governador afastado Carlos Moisés com seu PSL.

Política, como ensina a tradição, muda como nuvem. E várias lideranças dadas como carreiras encerradas retornaram como a Fênix de Santa Catarina. Mas as eleições de 15 de novembro criaram fatos novos. 
 
(*Moacir Pereira e um dos analistas mais importantes da política catarinense).

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