Jornalista e maestro Marcelo Storck confirma sua candidatura à Câmara Municipal de Porto União

O sempre aludido processo de renovação das Câmaras de Vereadores tem seus diferenciais neste ano de 2020, é inegável. Além das questões da legislação, da data alterada pela Covid, do ambiente virtual em que se darão os debates de maneira mais fácil para alguns, é mais que nítida a vontade popular por uma real renovação. O que muda é que, nesse ambiente virtual, a voz do povo agora é mais forte.

Mas só vontade popular não basta. São também necessários nomes novos com capacidade de agregar.
 
Entre aqueles que surgiram para esse pleito é igualmente inegável o potencial de Marcelo Storck, fato comprovado pela recepção ao anúncio da sua pré-candidatura pelo PL à Câmara de Vereadores, projeto que terá como candidato a prefeito o Capitão Colla.
 
Empresário, jornalista, escritor, maestro, educador musical e político – como ele mesmo se define -, Marcelo Storck é vice-presidente do PL local.
 
Retornou ao partido do qual foi fundador em Porto União em 1992 a convite do atual presidente, vereador Carlos Roderlei Pinto que anunciou na convenção de sábado (12) que não concorrerá nesse pleito.
 
Marcelo sempre foi um idealista. Suas preocupações sociais vêm do tempo em que trabalhamos juntos – fui eu que atendendo um pedido de seu pais, Bruno Storck (em memória) o convidei para assumir a coluna Radar do Jornal O Comércio em 1989 quando ele era sonoplasta da Rádio Colmeia.
 
De lá para cá Marcelo fez muito por nossa sociedade. Transcendendo ao campo do jornalismo, realizou eventos beneficentes (Troféu Herminínio MIlis) com arrecadação de fundos para o hospital São Braz e Apae. Aliás, se tem alguém que sabe usar de sua importância jornalística para ações sociais está aí. Tanto é que usou inteligentemente do jornalismo e de sua influência para alavancar também projetos musicais esplendorosos em nossos município.
 
Da saudosa Banda Marcial do colégio Santos Anjos, aguardadíssima nos desfiles de Sete de Setembro ao Instituto Sempre Incentivando Música (SIM) que hoje é também uma referência regional na formação de músicos – e do qual se licenciou em 2018, por motivos particulares – deu monumental contribuição para o setor cultural de nossas cidades irmãs.
 
Sempre interessado pela política como instrumento de evolução coletiva, com sua inteligência e potencial foi agente decisivo no resultado da eleição de 2016 para a prefeitura com sua empresa de comunicação (Agência A2).
 
Inclusive, bem por isso, perguntei como se sentia, uma vez que a coligação PL/DEM/PSC é oposição àqueles que ele apoiou em 2016. E me respondeu assim:
 
“Não se pode confundir arrependimento com decepção. Não me arrependo da participação em 2016, mesmo porque ela também teve seu viés profissional, ou seja, fomos contratados para isso. E se lá eu pregava a necessidade de trocarmos o comando municipal pelos motivos lá apresentados, hoje esta visão se repete. Ou seja. Não fui eu quem mudou diante dos discursos. O arrependimento é diferente da decepção com o que veio durante a gestão. Essa percepção é que nos molda, nos faz enxergar melhor e evoluir. Isso é a participação política em sua essência”, definiu.
 
Aproveitei que o Maestro estava com bom humor e fui mais a fundo, uma vez que do outro lado ele também terá seu irmão, Percy, como candidato a prefeito.
 
“Um irmão pode ser Flamengo e o outro Vasco. Um irmão pode ser católico e o outro protestante. E continuarão irmãos. Eu respeito meu irmão, não sou contra ele, mas sou a favor do nosso projeto onde minhas ideias tiveram amplo espaço no que quero agradecer ao amigo e presidente Polaco do Bifão e nossos deputados Maurício Eskudlark e Nilson Berlanda. Essa situação que aí está entre nós apenas comprova o quanto somos maduros como homens e políticos, principalmente porque esse cenário é fruto das decisões de partidos políticos e não de duas pessoas, ou de dois irmãos. Houve até conversas para que todos esses partidos unificassem a oposição, eu mesmo liderei isso, porém, seus diretórios e comitês não chegaram a uma composição e, então, só me resta respeitar essas decisões e desejar boa sorte e boa campanha a todos. Isso é democracia”, frisou.
 
Formado em Comunicação social e pós-graduando em educação musical, ainda perguntei sobre o seu afastamento da música.
 
“Dei um tempo para organizar minha família e estudar mais um pouco. Tempo ao tempo também para que as coisas se tornem mais justas também para quem atua nesse exigente setor, pouquíssimo prestigiado aqui nas gêmeas do Iguaçu pelo que eu entendo ser fruto de falta de vínculo cultural de nossos líderes. Nosso setor cultural é riquíssimo, pena que historicamente quem sempre esteve no poder não tenha conseguido enxergar isso. E eu não parei com a música totalmente, tenho atuado nos bastidores e há até a possibilidade de um dia eu retomar a batuta”, finalizou.

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