Ato em defesa da Operação Lava Jato é realizado em Curitiba nesta quarta-feira (29)

Um grupo de representantes de movimentos de rua diversos realizou na tarde desta quarta-feira (29), em frente à sede do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, um ato em defesa da Operação Lava Jato e em repúdio ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras. A mobilização, que teve início às 17 horas, é motivada por declarações recentes do PGR, que em uma live falou em ‘acabar com o lavajatismo’, e também pelos ataques que teriam como alvo a Operação e, especialmente, a força-tarefa da capital paranaense.

O chamamento para o ato foi feito pelo Movimento Brasil Livre de Curitiba, Curitiba Contra a Corrupção, Cidadão Democrático de Direito, Movimento Patriotas do Brasil e outros movimentos da sociedade civil organizada.

“Chamamos alguns representantes de movimentos de rua aqui de Curitiba para a gente demonstrar toda nossa insatisfação, nosso repúdio ao Procurador-geral da República Augusto Aras e também apoio à Operação Lava Jato. A gente sabe, a Lava Jato vem sofrendo diversos ataques e o Aras ontem, em uma live, falou várias frases contrárias, que a Lava Jato tem de acabar para dar espaço a outro modelo de combate à corrupção. No decorrer dessa semana também o pessoal da PGR de Brasília estava aqui, na Procuradoria de Curitiba, para coletar 500 terabytes de informação da Força-Tarefa de Curitiba, que era exclusiva e eles levaram para lá. Nosso repúdio ao Aras e nosso apoio à Lava Jato e ao procurador Deltan Dallagnol”, afirma Willian Rocha, coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) na capital paranaense.

Já Cristiano Roger, do Curitiba Contra a Corrupção, destaque que a sociedade civil organizada não pode aceitar que toda a história de combate à corrupção e o legado da Lava Jato sejam jogados no lixo. “Os ataques do procurador Augusto Aras são resultados de interesses políticos em acabar com a Lava Jato para proteger os nomes dos envolvidos com corrupção no Brasil”, afirma.

O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, afirmou na noite desta terça-feira, 28, que “é hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”. Segundo o chefe do Ministério Público Federal, tal “correção de desvios”, no entanto, não significa redução do empenho no combate à corrupção.

“Espero que o enfrentamento a macrocriminalidade, especialmente naquela corrupção relativa a grandes capitais continue a se fazer do mesmo modo, mas no universo dos limites da Constituição e das leis. O lavajatismo há de passar”, afirmou em “live” do Grupo Prerrogativas. (Bem Paraná).

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