25 de julho, além do Dia do Motorista, é também o Dia do Colono

(Foto do casal de imigrantes poloneses Adão Osga e Maria Novacki Osga, meus avós maternos, com minhas tias, mãe ainda menina e tio).

O Dia do Colono é celebrado no dia 25 de julho. Nesta data, comemora-se aqueles que foram essenciais para o desenvolvimento do Brasil, os colonos, que vinham de outros países para se instalarem aqui e trabalhar principalmente no desenvolvimento da agricultura.

Origem do Dia do Colono

A data de 25 de Julho foi instituída como Dia do Colono em 1968, com a criação da Lei Federal 5.496, em 5 de setembro daquele ano, porém, a data já era conhecida fazia um bom tempo, pois desde 1924, quando estava ocorrendo as comemorações do centenário da vinda dos alemães para o Rio Grande do Sul, a data foi reconhecida e usada para celebrar os colonos, principalmente os alemães. 

A história dessa data destaca a chegada dos primeiros alemães, que em 18 de julho de 1824, vieram para se instalar no Brasil, desceram em Porto Alegre, sendo recebidos muito bem pelos governantes da época. Logo após, em 25 de julho, realizaram o que seria o primeiro culto evangélico do Estado, tornando a data como um marco para região, ampliando a cultura religiosa, antes regida apenas pelo Catolicismo e religiões indígenas.

Promessas do Brasil para os colonos

Com o objetivo de atrair novos imigrantes, o governo brasileiro investiu em propagandas na época, principalmente nas regiões da Europa que ainda não estavam estabilizadas social e economicamente. Em países como Alemanha e Itália, que estavam sofrendo profundas transformações, a emigração parecia uma excelente alternativa para os que estavam enfrentando dificuldades para sobreviver em seu próprio país.

O Brasil prometia pagar a viagem de vinda ao Brasil, além da cidadania e dar um pedaço de terra as famílias que aceitassem vir para se instalar no país. Assim, o Brasil conseguir atrair muitos estrangeiros, que ao chegar aqui, percebiam que a promessa não era bem como estava na propaganda, pois aqui enfrentariam problemas similares aos que na Europa passavam, como falta de infraestrutura e apoio para desenvolver seus negócios, principalmente de agricultura e pecuária.

Ainda assim, muitos dos que aceitaram conseguiram se estabelecer e transformar a terra, que antes não era produtiva, tornando as regiões do Sul e Sudeste as mais desenvolvidas do país em termos de agricultura e também cultura, contribuição que é percebida até hoje na nossa economia, assim como na diversidade.  

Nossa região, com a vinda dos imigrantes nos séculos 19 e 20 do século passado, até então ainda com o mapa do Brasil completamente diferente do agora consolidado através de seus 27 estados, recebeu centenas e centenas de famílias de imigrantes alemães, poloneses, ucranianos e de outras etnias.

Esses imigrantes, na sua grande maioria, se estabeleceram nas regiões do centro-sul e sul atualmente Paraná, mas então província de São Paulo, com os limites definidos somente em outubro de 1916 do século passado, com grande parte do território paranaense passando para Santa Catarina.

Sem ignorar a realidade de que sou segunda geração de descendentes de imigrantes poloneses, porém agradecido pelo privilégio de ter nascido brasileiro, lembro que foram os imigrantes de todos as etnias citadas, os principais responsáveis pela realidade progressista que as muitas  gerações estão vivendo atualmente.

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